terça-feira, 23 de outubro de 2012

Divulgando a aplicação do material...


Boa tarde, pessoal!

Durante esses últimos meses, em todo o processo de confecção do livreto, buscamos informações e conhecemos um pouquinho do Cerrado. Podemos ver algumas de suas maravilhas e nos encantamos com suas diversas cores e sabores.

Assim, após todo esse trabalho, foi incumbido aos grupos, que de algum modo, divulgasse e propagasse as informações sobre esse bioma.

Então, nosso grupo, acabou por trabalhar com adolescentes do ensino médio. Participaram da atividade, 13 alunos de diversas salas do 1° ao 3° ano do ensino médio de uma escola estadual, aqui em Uberaba-MG.

Mostramos a eles um vídeo, que trazia informações sobre ecologia, flora e fauna do Cerrado. Após, batemos um papo sobre as informações contidas no vídeo e sobre aquilo que eles já sabiam, ou ouviram falar sobre o assunto.

Depois de terem compreendido um pouquinho da dinâmica desse bioma, pedimos a eles que escrevessem, em poucas palavras, propostas e novas perspectivas de atuação na busca da manutenção e  preservação desse bioma que sofre ameaça.
Vejamos algumas opiniões:

“Podemos preservar nosso Cerrado punindo de certa forma as pessoas que desmatam, não só as fazendo pagar uma multa pelo que fizeram, mas tendo que plantar tudo aquilo que elas desmataram.” Brenda 1° E e João Vitor 2°D

“Na minha opinião, para manter não só o Cerrado, mas como qualquer bioma, seria diminuir o desmatamento, o avanço das hidroelétricas, pois não é necessário tanta hidroelétricas em uma região tão pouco habitada como o Centro-Oeste e Norte.” – Gabriela 3°G

“Deveria de ter uma conservação do nosso Cerrado; os agropecuaristas estão desmatando aos poucos as árvores nativas. Os animais que ali vivem morrem e alguns deles são ameaçados de extinção. A conscientização é crucial para o cerrado.” – Paulo Júnior 3°A

Toda a dinâmica ocorreu de forma calma, com interessante  e participação dos alunos. Eles estavam meio tímidos, mas mesmo assim opinaram.

Assim, encerramos nossas atividades na disciplina de EDP 4. O livreto está sendo finalizado pelo grupo de formatação e logo estará ‘finalmente finalizado’.

Agradecemos a colaboração e orientação dos professores e demais colegas de turma, e esperamos que tenhamos correspondido à proposta.

E que venha o próximo período.
Abraço.

Fernanda Velasco, Jéssica Ferreira e Thamires Manfrim.










sábado, 20 de outubro de 2012

Pessoal estou fazendo uma nova postagem de um vídeo que encontrei no youtube, com algumas fotos de flores do cerrado. Vejam e fiquem maravilhados com a diversidade da nossa flora local.

http://www.youtube.com/watch?v=-gWlSL6KH0A




Até mais !



Jarrinha


Eae galera tudo bem com vocês ?Estou postando aqui mais um táxon vegetal trabalho pelo nosso grupo. Dêem uma olhada ai e comentem se quiserem. É isso ai gnt, até a próxima.







Distribuição Geográfica: Cerrado (MG, SP, MT, MS e GO).¹ Espécie nativa, porém não é endêmica do Brasil, ocorre também no Paraguai, Bolívia e Norte da Argentina.
Características Gerais: Pertence à família Aristolochiaceae. Liana/volúvel/trepadeira. Terrícola.¹ Produz flores com cores verde-amarelada e avermelhada.
Utilização: Em Minas Gerais, utilizam-se folhas e raízes no tratamento de reumatismo (doença do sistema músculo-esquelético), mas existem estudos que buscam utilizar o cerne e a casca da planta. A planta possui ação antibactericida e antifúngica.² Não deve ser usada durante a gravidez, devido à ação abortiva. É popularmente usada para tratamento de cólicas, dores no estômago, rim, fígado, coração, febres, câncer, malária. A raiz é utilizada em picadas de cobra.³
Conservação: Não está ameaçado de extinção.

Referências
¹ BARROS, F. de; ARAÚJO, A. A. M. Aristolochiaceae in Lista de Espécies da Flora do Brasil. Jardim Botânico do Rio de Janeiro. 2012. Disponível em: http://floradobrasil.jbrj.gov.br/2012/FB026588. Acesso em: 15 de Maio de 2012.
² PACHECO, A. G. Estudo fitoquímico de Aristolochia esperanzae Kuntze (Aristolochiaceae). 2009. 242 f. Dissertação (Mestrado em Química Orgânica) – Departamento de Química do Instituto de Ciências Exatas da Universidade Federal de Minas Gerais. Belo Horizonte, 2009. Disponível em: http://www.bibliotecadigital.ufmg.br/dspace/bitstream/1843/BIRC-85TNMS/1/estudo_fitoqu_mico_de_aristolochia_esperanzae_kuntze.pdf. Acesso em: 15 de Maio de 2012.
³ PACHECO, A. G.; OLIVEIRA, P. M.; PILÓ-VELOSO, D.; ALCÂNTARA, A. F. C. C NMR data of diterpenes isolated from Aristolochia species. Molecules, 14(3), 1245-1262. 2009.  Disponível em: www.mdpi.com/1420-3049/14/3/1245/pdf. Acesso em: 15 de Maio de 2012.

segunda-feira, 15 de outubro de 2012


Pequi - Caryocar brasiliense Camb.



Distribuição geográfica e hábitat: Pará, Mato Grosso, Goiás, Distrito Federal, São Paulo, Minas Gerais, Paraná, Piauí, Ceará e Maranhão.¹ Está presente no cerrado denso, cerrado sensu strictu, cerrado ralo, cerradão distrófico e mesotrófico.²

Características da planta: Pertence à família Caryocaceae³, e também pode ser reconhecida por pequiá, amêndoa de espinho, grão de cavalo ou amêndoa do Brasil.¹ Pode ultrapassar 10m. Possui casca espessa, e uma cor amarelo-escuro.² O fruto é de coloração esverdeada ou marrom-esverdeada, polpa externa branca com coloração pardo acinzentada e mesocarpo interno, que constitui a porção comestível do fruto, possuindo coloração amarelada, e separa-se facilmente do mesocarpo externo quando maduro. O endocarpo, que é espinhoso, protege a semente ou amêndoa, que é revestida por um tegumento fino e marrom, sendo também uma porção comestível.¹ A frutificação ocorre geralmente de janeiro a março.¹ A polinização geralmente é realizada por morcegos (quiropterofilia). E a dispersão é realizada, em grande maioria, pela ema (Rhea americana), gralha (Cyanocorax crostatellus) e cotia (Dasyprocta sp).²

Utilização: Na culinária é utilizada em diferentes pratos, como: arroz com pequi, frango com pequi, baião de três (arroz, feijão e pequi). Já sua amêndoa é utilizada como farofa, doces e paçocas.¹ É usado também para tinturaria.

Conservação: Ameaçado de extinção.


Referências

¹LIMA, Alessandro de; et al. Composição química e compostos bioativos presentes na polpa e na amêndoa do pequi (Caryocar brasiliense, Camb.). Rev. Bras. Frutic., Jaboticabal - SP, v. 29, n. 3, p. 695-698, Dezembro 2007.

²MELO JÚNIOR, Afrânio Farias; et al. Estruturas genéticas de populações naturais de pequizeiro (Caryocar brasiliense Camb.). Scientia Forestalis, nº 66, p. 56-65, dez. 2004.

³AVIDOS, Maria Fernanda Diniz; FERREIRA, Lucas Tadeu. FRUTOS DOS CERRADOS: Preservação gera muitos frutos. Biotecnologia Ciência & Desenvolvimento.





Buriti (Mauritia flexuosa) L.1
pirenopolis.tur.br2

Distribuição geográfica e habitat: Encontra-se amplamente distribuída na América do Sul, especialmente na região amazônica da Colômbia, Venezuela, Guianas, Trinidad e Tobago, Equador, Peru, Bolívia e Brasil nos seguintes Estados: AM, BA, DF, MG, GO, CE, MA, MS, MT, PA, PI, SP e TO3,4,5,6. Habita terrenos baixos alagáveis, às margens de rios, formando os característicos miritizais ou buritizais7.

Características da planta: Pertence à família Arecaceae e além de ser conhecida popularmente como buriti, a espécie Mauritia flexuosa L. recebe também o nome de miriti, carandá-guaçú, carandaí-guaçú, muriti, palmeira-buriti, palmeira-dos-brejos, e outros dependendo da região8. Possui crescimento lento, levando muitos anos para atingir a maturidade reprodutiva8.
A altura do buriti varia de 2,8 a 35 m e seu caule é liso e mede de 23 a 50 cm de diâmetro7. Possui cerca de 14 folhas por indivíduo com aproximadamente 3,5 de comprimento8, em forma de leque e com coloração verde-escura 9. O fruto é recoberto por escamas castanho-avermelhadas quando maduro, e possui polpa carnosa alaranjada e oleaginosa9. A inflorescência é interfoliar, ramificada, volumosa e possui coloração amarela8. Sua floração ocorre no ano inteiro e a frutificação entre junho e outubro10.

Utilização: A polpa de seus frutos é usada na culinária (bombons, sorvetes, picolés, licores), e o óleo da polpa também é comestível e empregado na medicina popular11 e na fabricação de sabão caseiro10. As folhas servem de cobertura para telhados, e confecção de vassouras10. As fibras das folhas são utilizadas no artesanato11. A seiva extraída do caule é utilizada na fabricação de vinho10. A raiz possui propriedades antireumáticas10. A madeira serve para a construção de móveis10. Além de todos esses usos o buriti é ornamental, podendo ser cultivado no paisagismo11.

Conservação: Não está ameaçada de extinção12.

Referências:
1STORTI, E. F.; Biologia floral de Mauritia flexuosa Lin. Fil, na região de Manaus, AM, Brasil. Acta Amazônica 23(4): 371-381. 1993.
3REITZ, P. R. Palmeiras. In: FLORA Ilustrada Catarinense. Itajaí, SC: Herbário Barbosa Rodrigues, 1974.
4HENDERSON, A.; GALEANO, G.; BERNAL, R. Field guide to the palms of America. New York Botanical Garden, 1995.
5HENDERSON, A.; BECK, H. T.; SCARIOT, A. Flora de Palmeiras de Marajó, Pará, Brasil. Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi . Botânica, Belém, PA, v. 7, p. 199-221, 1991.
6LORENZI, H.; SOUZA, H. M. de; CERQUEIRA, L. S. C.; MEDEIROS-COSTA, J. T.; FERREIRA, E. Palmeiras brasileiras e exóticas cultivadas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2004. 416 p. il.
7FERREIRA, M. Mauritia flexuosa. Revista EMBRAPA, Porto Velho, RO, agosto, 2005. Disponível em: http://www.cpafro.embrapa.br/media/arquivos/publicacoes/folder_buriti.pdf acesso em: 16 de agosto de 2012.
8VIEIRA, R. F. et al. Frutas nativas da região centro-oeste do Brasil. Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia Brasília, DF 2006. 320p.
9Funch, L.S.; Harley, R.M.; Funch, R.; Giulietti, A.M. & Melo, E. 2004. Plantas úteis da Chapada Diamantina. São Carlos, Rima. 
10 SILVA, S.R.; SILVA, A.P.; MUNHOZ, C.B.R.; SILVA JÚNIOR, M.C. & MEDEIROS, M.B. Guia de Plantas do Cerrado Utilizadas na Chapada dos Veadeiros. Brasília: Prática Gráfica e Editora LTDA. 2001b.
11POTT, V.J.; POTT, A. Buriti - Mauritia flexuosa. Fauna e Flora do Cerrado, Campo Grande,outubro 2004. Disponível em: http://www.cnpgc.embrapa.br/~rodiney/series/buriti/buriti.htm <Acesso em 25 de Junho de 2012>

quarta-feira, 10 de outubro de 2012

Economia do cerrado

Depois de muitas discussões, correções e revisões, este é o texto final sobre economia no cerrado:


No Cerrado brasileiro um setor com forte poder na economia é a agropecuária. Atualmente, parte significativa das áreas de Cerrado está tomada por plantações ou áreas de pastagem, intensificando drasticamente a degradação desse bioma. Dentre as regiões com intensa atividade na agropecuária a que apresenta o maior nível de degradação é Minas Gerais, com destaque para as microrregiões de Patrocínio, Uberaba, Uberlândia e Araxá.¹

Uma importante atividade que andava perdendo espaço no setor econômico é a chamada agricultura familiar, que caracteriza-se pelo trabalho de pequenos produtores que possuem pequenas áreas para plantio e/ou criação, que normalmente tem como mão de obra a sua própria família.² No ano de 2011 este setor recebeu um incentivo importante com a criação da  Lei Nº 11.947, pois estabelece que 30% da merenda escolar de todas escolas públicas do país devem ser oriundas de agricultura familiar.³

Outra forma de economia que tem destaque no Cerrado é o artesanato com sementes de plantas típicas que são coletadas diretamente na natureza. Numa pesquisa realizada pela EMATER-DF foram encontrados 59 produtos diferentes, vendidos em vários locais desde aeroportos à feiras típicas, principalmente nos estados de Minas Gerais, Goiás, São Paulo e no Distrito Federal. Tal comércio movimenta de forma significativa a economia dos locais onde tais peças são produzidas. ¹²

Os frutos do cerrado são também bastante comercializados, seja in natura ou processados em forma de sorvetes, licores, geleias, tortas dentre outros. Ganham destaque o pequi, o araticum, a mangaba, a cagaita, o buriti e o baru. Há também a comercialização de palmito de gariroba, também em conversa, assim como é feito com o palmito doce. Tal exploração tem caráter extrativista e causa preocupação aos pesquisadores da região, que temem uma exploração inadequada e não sustentável. ¹³



Referências:
¹CUNHA, N. R. S.; LIMA J. E.; GOMES M. F. M.; BRAGA M. J. A Intensidade da Exploração Agropecuária como Indicador da Degradação Ambiental na Região dos Cerrados, Brasil. Piracicaba, SP, vol. 46, nº 02, p. 291-323, 2008.
²OLIVEIRA E.; DUARTE L. M. G. Economia Camponesa a Agricultura Familiar: Evolução do Uso da Biodiversidade do Cerrado. IV Encontro da Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ambiente e Sociedade; 2008; Brasília -DF.
³ CENTRO DE ESTUDOS E PROMOÇÃO DA AGRICULTURA DE GRUPO. Disponível em <http://www.cepagro.org.br/news/25/54/> Acesso em: 09 de abril. 2012.
¹² NÚCLEO DE AGRONEGÓCIO – EMATER-DF. Artesanato com sementes do cerrado.Pesquisa de mercado. No prelo
¹³ PARTELLI F. L. et al; Frutas do Cerrado: Alternativa sustentável. A lavoura. Rio de Janeiro,RJ, ano 113, n 676, p. 12-15, fev. 2010.

Glossário
In natura: no seu estado natural, não transformado.




Athene cunicularia


Coruja buraqueira (Athene cunicularia) - (Molina, 1782)


Pedro H. Morais

Distribuição geográfica:     Tem ocorrência ampla, incluindo cerrados, pastos e também parques urbanos.¹ É encontrada do Canadá a Argentina e ocupa quase todo território brasileiro.³

História natural:       A coruja buraqueira se alimenta de insetos, pequenos roedores, anfíbios e também pequenos pássaros.²  Possui hábitos noturnos e diurnos, concentrando sua maior atividade nos períodos de crepúsculo.³ Possui esse nome por fazer seus ninhos em buracos no chão, tem a capacidade de cavá-los mas muitas vezes usa tocas abandonadas de outros animais ¹, como tatus.²         A postura normal é de 7 ovos que são incubados durante cerca de 24 dias.¹ Durante o período de postura o macho é o único responsável em fazer a vigia do ninho.³ O adulto possui em média 23cm. São de cor predominantemente marrom com manchas brancas nas costas e nas asas e seus olhos são amarelos.¹

Conservação : Devido a grande distribuição e a alimentação variada, a coruja buraqueira não encontra-se ameaçada de extinção.

Referências

¹ GWYNNE, J. A. et al. Aves do Brasil: Pantanal e Cerrado. São Paulo: Editora Horizonte; Nova York, NY: Comstock Publishing Associates, 2010.


³ PERILLO, Alyne et al. Padrões de atividade da coruja-buraqueira, Athene cunicularia (Strigiformes: Strigidae), no campus da Pontifícia Universidade Católica de Minas Gerais, Belo Horizonte, e comentários sobre um peculiar  comportamento de estocagem de alimento. Atualidades Ornitológicas, ISSN 1981-8874, On-line, n. 160, p. 55 -58, mar/abr. 2011.





Mama-cadela

(Brosimum gaudichaudii Tréc.)


Finalizando nossa produção em EDP IV, aqui está o nosso texto final sobre a mama-cadela.






Distribuição geográfica: Possui ampla distribuição geográfica. É encontrada nos estados do AM, BA, CE, DF, GO, MA, MG,Ms, MT, PA, OB, PI, SP e TO.¹ É nativa do cerrado brasileiro.²

História Natural: Pertence à família Moraceae, assim como jaqueira, figueira e amoreira.. A mama-cadela é um arbusto que pode chegar a 3m de altura. Possui folhas alternas alongadas, elípticas, coriáceas. Suas flores possuem cor branco-esverdeado. Seus frutos são carnosos e arredondados, quando maduros são alaranjados, com polpa amarela pegajosa e superfície verrugosa.  Floresce de junho a setembro e frutifica de agosto a janeiro.¹
Utilização: Seus frutos são comestíveis. Em Minas Gerais o chá da raiz é indicado para problemas intestinais. Casca, raiz e frutos verdes são utilizados no tratamento para vitiligo. A planta cozida, como chá, é utilizada em banhos contra alergias e dermatites. Raiz, folhas e frutos têm usa terapêutico como depurativo do sangue e antiqueda de cabelo.
Conservação: Devido a sua grande distribuição não se encontra ameaçada de extinção. 


Referencias
¹ SILVA, S. R. et AL. Guia de plantas do cerrado utilizadas na chapada dos veadeiros. Brasília: WWF, 2001.
² FIDELIS, I et al. Características anatômicas de estruturas vegetativas de Brosimum gaudichaudi tréc. desenvolvidas in vitro e in vivo. Ciência e Agrotecnologia. Lavras, v.24, n.2, p.327-336, abr./jun., 2000.


Glossário:
Elípticas: de formato ovalado, um círculo achatado.
Coriácea: com aspecto de couro. 


sexta-feira, 5 de outubro de 2012

Reta final: último táxon vegetal.


Boa tarde, pessoal!
Pra finalizar os táxons vegetais, a última espécie que o grupo ficou responsável
foi lobeira. 
Assim, caminhamos para a reta final da confecção do livreto sobre o
Cerrado.
Aproveitem e divirtam-se com as informações. Boa leitura!!!



-        Nome científico: Solanum lycocarpum St. Hil.
-        Família: Solanaceae
-        Outros nomes populares: lobeira, guarambá.
-        Distribuição geográfica: em todo cerrado brasileiro 1
-    Habitat: ocorre em fisionomias campestres de cerrado, em cerrado típico e em bordas ou áreas perturbadas de cerradão.³
-        Características da planta:
-        Porte: arbustiva de porte médio, 3-4 m de altura, com caules tortuosos. 2
-   Folhas: simples, alternas, recobertas com tricomas, acúleos localizados próximos à nervura principal e bordas lobadas. Variam de 16-28 cm. 2
-     Flores: hermafroditas, com 5 sépalas com porção soldada aderida ao fruto; 5 estames com grandes e evidentes anteras amareladas
-        fruto: do tipo baga, globoso a estrobiliforme, de coloração verde-claro, com até 8 cm de diâmetro. 2
-        floração: em várias épocas do ano (Dez/Jan). 2
-        frutificação: entre julho e janeiro.
-        considerações: o fruto é o principal alimento do lobo-guará, por isso o nome lobeira. 3
-    utilização: considerado medicinal, pode ser usado na recomposição florestal, por ser pioneira e rústica. 4


1 ELIAS, S. R. M.; ASSIS, R. M.; STACCIARINI-SERAPHIN, E.; REZENDE, M. H. Anatomia foliar em plantas de Solanum lycocarpum A. St. Hil (Solanaceae). Revista Brasileira de Botânica. V. 26, n. 2, p. 169-174, jun. 2003.

2 VIDAL, M. C.; STACCIARINI-SERAPHIN, E.; CÂMARA, H. H. L. L. Crescimento de plântulas de Solanum lycocarpum St, Hil (Lobeira) em casa de vegetação. Acta. Bot. Brasileira 13(3): 270-274. 1999.

3 MISSIANO, R. Guia para situações de emergência. Editora Pensamento. 1997.

4 GAURIM NETO, G.; MORAIS, R.G.  Recursos medicinais de espécies do Cerrado de Mato Grosso: um estudo bibliográfico. Acta bot. bras. 17(4): 561-584. 2003 561



Grupo: Fernanda Velasco, Jéssica Ferreira e Thamires Manfrim.

terça-feira, 2 de outubro de 2012

EDP IV: FLORA DO CERRADO

Ola pessoal, dando continuidade as postagens, vou falar um pouco sobre a parte que fiquei responsável.

  Cajui, cajuzinho do cerrado² (Anacardium humile St. Hill ¹ )


Distribuição geográfica e habitat : Se distribuem pela Bahia, Distrito Federal,Mato -Grosso,Mato Grosso Do Sul,São Paulo, Goiás e Minas Gerais.² E habitam o Cerrado, Campo sujo e Campo limpo. 6 São da família Anarcadiaceae. ¹
 Características gerais: Seu porte é Arbusto esparramado, de caule comprido, tortuoso, quase subterrâneo, provido de reservas aquosas que lhe permitem atravessar as mais rigorosas secas.³ As folhas alternas,simples,pecioladas e subsésseis e sem estipulas². Coloridas quando novas.³.Suas flores são pequenas, brancas, róseas ou amarelo-brancacentas com estrias roxas na base, em panículas ampla.³ O fruto verdadeiro noz, acinzentado, brilhante, semente única e o pseudofruto(pedúnculo desenvolvido)vermelho, claviforme, polpa alva,suculenta.² A floração se da em setembro e novembro  e a frutificação é no inicio do verão.5
Utilização: Pode ser utilizado na alimentação , como cauterização, anti-sifilico, para diarreia, glicemia, dor de dente, dentre outras coisas.
Conservação: extinção. 6

 Referencias:

 1-CUNHA,S.A.; BORTOLOTTO,I.M. Etnobotânica de Plantas Medicinais no Assentamento Monjolinho, município de Anastácio, Mato Grosso do Sul, Brasil. 2011.
2- BARBOSA,D.B. Avaliação das atividades antimicrobiana,antioxidante e analise preliminar da mutagenicidade do extrato aquoso das folhas de Anacardium humile St. Hill Anarcadiaceae.2008.
3-PLANTAS DO NORDESTE, ESPECIALMENTE DO CEARÁ. Edição especial para o Acervo Virtual Oswaldo Lamartine de Faria.
4-LONDE,L.N.;SOUZA,C.R .S.;VIEIRA,C.U.;BONETTI,A.M.;KERR,W.E. EFEITO DO BENOMYL E IDENTIFICAÇÃO DE FITOPATÓGENOS EM MEIO MS PARA CONTROLE DA CONTAMINAÇÃO NA MICROPROPAGAÇÃO DE Anacardium humile (Anacardiaceae).2007.
5-POTT, A.; POTT,V.J.;SOBRINHO,A.A.B. PLANTAS ÚTEIS À SOBREVIVÊNCIA NO PANTANAL. 2004.
 6-PEREIRA, C.R. FORMAÇÃO GASTRONOMICA DO CERRADO-ESTADO DE GOIAS. BRASILIA. 2008.
7-GUIA ILUSTRADO DE PLANTAS DO CERRADO DE MINAS GERAIS. 2001


 GRUPO: JESSICA FERREIRA, FERNANDA VELASCO,THAMIRES MANFRIM

segunda-feira, 1 de outubro de 2012

Eae galera blza ? Dando continuidade as postagens de EDP, nosso grupo (Pedro, Daniel, Camila A. e Camila R.) agora está postando um pouco sobre um táxon vegetal do Cerrado. A espécie que iremos falar sobre é a hortelã. Confira abaixo um pouco mais sobre ela.


Nome científico: Hortelã-do-campo (Hyptidendron canum) (Pohl Harley)
Família: Lamiaceae
Outros nomes populares: Menta, hortelã-das-hortas, hortelã-comum, hortelã-das-cozinhas, hortelã-dos-temperos ou simplesmente hortelã.
Habitat: Campo Cerrado


Características da Planta
Porte: Herbácea
Folhas: ápice oval, obtuso e levemente serreadas.
Flores: As flores se apresentam em cimas dicotômicas, com brácteas lineares ou elípticas de 2 a 3 mm de comprimento. Pétalas com cor púrpura, com tubo de 8 a 10 mm de comprimento, núculas de 4 mm de comprimento, levemente margeadas
Fruto: O fruto é constituído por 4 aquênios.
Floração: No fim do verão.
Frutificação: Durante o ano todo.
Considerações: H. canum é utilizada popularmente pela comunidade do Cerrado Mineiro em forma de chás, infusos e decoctos de folhas e raízes, em função de sua ação farmacológica como antimalárica, antiinflamatória, anti-ulcerativa, anti-hepatotóxica  e anticancerígena.

Eae gostaram de saber um pouco mais sobre ela ? Até a próxima. Em seguida seguem as referências utilizadas.

Referências:

CARVALHO, Luciana M de et al . Produtividade do tomateiro em cultivo solteiro e consorciado com espécies aromáticas e medicinais. Horticultura. Bras. Disponível em http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-05362009000400010&lng=en&nrm=iso>. Acesso em  11  de Maio  2012.  http://dx.doi.org/10.1590/S0102-05362009000400010
GUARIM NETO, Germano; MORAIS, Ronan Gil de. Recursos medicinais de espécies do Cerrado de Mato Grosso: um estudo bibliográfico. Acta Bot. Bras.,  São Paulo,  v. 17,  n. 4, Dez.  2003 .   Disponível em <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-33062003000400009&lng=en&nrm=iso>. Acesso em   11  Maio de  2012.  http://dx.doi.org/10.1590/S0102-33062003000400009.
FIUZA, Tatiana S. et al . Estudo das folhas e caule de Hyptidendron canum(Pohl ex Benth.) Harley, Lamiaceae. Rev. bras. farmacogn.,  Curitiba,  v. 20,  n. 2, May  2010 .   Disponível em:  <http://www.scielo.br/scielo.php?script=sci_arttext&pid=S0102-695X2010000200010&lng=en&nrm=iso>. acesso em  11  Maio de  2012.  http://dx.doi.org/10.1590/S0102-695X2010000200010.