Na sequência da montagem do livreto educativo sobre o Cerrado, analisaremos agora espécimes da flora desse imenso bioma. Seguindo a mesma linha utilizada na fauna, postaremos algumas informações sobre algumas informações de algumas plantas. A primeira é a araticum do campo.
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Nome científico: Duguetia furfuracea (St. Hil)
Benth e Hook.¹
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Família: Annonaceae.¹
- Outros nomes populares: ata-do-mato;
sofre-do-rim¹; marolinho; araticum-do-campo; araticum-do-cerrado; araticum
bravo; ata brava; ata de lobo.²
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Distribuição geográfica: região central, sul,
sudeste e nordeste brasileiro e no Paraguai e na Bolívia.³
- Habitat: ocorre em fisionomias campestres de
cerrado, em cerrado típico e em bordas ou áreas perturbadas de cerradão.³
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Características da planta:
- Porte: arbusto com troncos lenhosos múltiplos,
com base subterrânea, de um a três metros.²
- Folhas: simples inteiras,² com 10 cm de
comprimento e 3 cm de largura. De coloração verde-pálida com reflexos prateados
na face abaxial, com tricomas e escamas estrelados e pecíolo curto.³ Geralmente com galhas, ramos finos, lanceolada, peciolada,
alternas, ápice agudo.²
- Flores: opostas às folhas ou algumas vezes,
supra-axilares com uma a três flores, raramente cinco.³
- fruto: globoso a estrobiliforme, de coloração
verde-claro, com até 8 cm de diâmetro. Apresenta frutíolos livres na maturação.
São recoberto por tricomas e escamas estrelados.³
Alguns estudos fitoquímicos revelaram a
existência de várias propriedades biológicas utilizadas na farmacologia com
ação citotóxicas antimalárica e antimicrobiana.²
Suas cascas e raízes combatem reumatismo; o fruto é usado para amolecer feridas; o chá da raiz é usado como calmante,
anti-reumatismo para dores nos rins e de coluna; o chá das folhas é utilizado
para combater cólicas e diarreia.² As sementes quando pulverizadas e diluídas
em água, podem ser utilizadas como antiparasitas, principalmente contra
piolhos.³
Referências:
¹ NETO, G. G., MORAIS, R. G.,
Recursos Medicinais de Espécies do Cerrado de Mato Grosso: Um Estudo Bibliográfico.
Acta bot. Bras. 17(4): 561-584. 2003
² TOLEDO, M.R.S., PERES, M.T.L.P
et al. Fitotoxicidade do extrato aquoso de Duguetia furfuraceae (St.
Hil.) B et H. em ratas (Rattus norvegicus). Rev. Bras. Pl. Med.,
Botucatu, v.8, n.4, p. 218-222, 2006.
³ GALASTRI, N.A., Morfoanatomia e
Ontogênese de Frutos e Sementes de Annonadioica A. ST.-Hil., Duguetia
furfuracea (A. ST-Hil.) Saff. e Xylopia emarginata Mart. (Annonaceae).
Botucatu, 2008.
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