sexta-feira, 29 de março de 2013

Lobeira do Cerrado


Solanum lycocarpum St. Hil.

Família Solanaceae, mesma do tomate e pimenta malagueta
       
http://www2.ibb.unesp.br
      Espécie amplamente distribuída pelo bioma Cerrado, sendo também encontrada em estados de outras regiões, como o Paraná, Rio de Janeiro, Pará e Amazonas. Torna-se freqüente em áreas alteradas pelo homem, como beira de estradas.
      Após a polinização e fecundação, os ovários transformam-se em frutos do tipo baga, globosas com até 20 cm de diâmetro, contendo polpa carnosa,com 300 a 500 sementes.
     Sua frutificação é concentrada entre julho e janeiro. Multiplica-se facilmente por sementes, sendo comum encontrar plântulas em fezes de gado e lobo-guará. 
     Apesar de ser capaz de rebrotar após ser queimada, a lobeira pode ter seus frutos danificados pelo fogo, o que pode comprometer sua reprodução.

     Seus frutos representam até 50% da dieta alimentar do lobo-guará (Chrysocyon brachyurus), acreditando-se que tenham ação terapêutica contra o verme-gigante-dos-rins, que é muito freqüente e geralmente fatal no lobo. 
     Os frutos são utilizados na alimentação de populações tradicionais para o preparo de doces, geléias. Seu uso medicinal é amplamente difundido no bioma Cerrado. 
     É planta amiga dos criadores de gado. Apesar de ser considerada uma espécie daninha para lavouras e pastagens, suas folhas e frutos são apreciados pelo gado, podendo ser uma ótima alternativa como pastagem nativa durante a época seca, uma vez que as folhas não caem.
http://www.biologo.com.br/plantas/cerrado/lobeira.html

quinta-feira, 28 de março de 2013

Visão sistemática da flora do Cerrado

O cerrado tem a presença marcante de árvores de galhos tortuosos e de pequeno porte, com raízes profundas (propriedade para a busca de água em regiões profundas do solo, em épocas de seca). As cascas destas árvores são duras e grossas, as folhas são cobertas de pêlos e a presença de gramíneas e ciperáceas no estrado das árvores.

Sua característica vegetação esparsa com árvores baixas, retorcidas e de casca grossa plantou no imaginário nacional a falsa idéia de formação monótona e de pouco valor. Pelo contrário, o Cerrado é fonte de culturas e paisagens de surpreendente exotismo e rara beleza com alto potencial turístico e econômico. O bioma é palco de uma profusão de campos naturais, savanas, veredas e florestas pontuadas por rios, córregos e cachoeiras.
Dentre as várias espécies existentes no Cerrado, as endêmicas são:
  • Flora típica do Cerrado
    Pequi (Caryocar brasiliense);
  • Jatobá-do-cerrado (Hymenaea stigonocarpa);
  • Dedaleiro (Lafoensia pacari);
  • Mamonarana (Pseudobombax longiflorum).




Também são encontradas outras espécies de vegetais como o buriti (Mauritia flexuosa), o cajueiro-do-campo (Anacardium humile), a canela-de-ema (Vellozia flavicans), a cagaita (Eugenia dysenterica), o sombreiro e o chuveirinho (Paepalanthus sp), a mangaba (Hancornia speciosa), a sucupira (Pterodon pubescens), a lobeira (Solanum lycocarpum), o angelim (Andira vermifuga), o ipê-amarelo (Tabebuia ochracea), a gritadeira (Palicourea rigida), o baruzeiro (Dipteryx alata) e a flor-do-Cerrado (Calliandra dysantha), além de variadas espécies de orquídeas, cactos, árvores, arbustos e gramíneas.

Por essa grande biodiversidade, muitas espécies dos vegetais existentes no Cerrado, são usados com fim fitoterápico. Dentre eles se destacam:

O Buriti
O uso medicinal está associado ao óleo extraído da polpa dos frutos, com propriedades energéticas e vermífugas. Rico em pró-vitamina A (500 000 UI), com índice de 300mg/100g, o óleo é usado contra queimaduras na pele, provocando alívio imediato e auxiliando na cicatrização. O óleo absorve radiações no espectro ultra-violeta, sendo um eficiente filtro solar Tem sido empregado recentemente pela indústria cosmética entrando na composição de sabonetes, cremes e xampus.



Velame-branco
A espécie é amplamente utilizada pelas populações tradicionais do Cerrado. A decocção feita com folhas e raiz do velame-branco é utilizada por muitos raizeiros no entorno de Goiânia como antiinflamatório.

 











Mama-cadela
Planta muito utilizada pelas populações do Cerrado, como espécie medicinalcontra gripes e bronquites, como depurativo do sangue e em má circulação. A casca é comercializada em bancas de raizeiros da região. O bergapteno, furocumarina encontrada em cascas, raízes e frutos verdes da mama-cadela, é um princípio ativo já é bem conhecido, sendo utilizado (em combinação com as vitaminas A, B1 e B6) no tratamento do vitiligo e outras doenças que causam despigmentação na pele.

segunda-feira, 25 de março de 2013

O segredo por trás do bico do tucano


tucano
Há séculos os cientistas estão intrigados com a razão do bico do tucano ser tão incrivelmente grande, mas agora uma equipe de pesquisa pensa ter encontrado a resposta.
Na revista científica Science os pesquisadores afirmam que o enorme bico do tucano serve como um radiador.
Com câmeras infravermelhas os cientistas observaram o animal dissipando calor através de seu bico, para ajudar a regular a temperatura de seu corpo.
O tucano tem o maior bico em relação ao tamanho do corpo do que qualquer outra ave, chegando a 1/3 do seu comprimento total.
Segredos quentes
Darwin pensava que o bico do tucano era usado para atrair o sexo oposto e outras idéias recentes vão desde descascar frutas até depredação de ninhos e alertas visuais.
Para investigação, pesquisadores da Universidade Estadual de São Paulo (UNESP) e da Universidade Brock, no Canadá, analisaram o tucano toco (Ramphastos toco), que tem o maior bico de todas as espécies de tucanos.
Usando câmeras de infravermelho (visão térmica) para observar a ave, descobriram que a temperatura do bico dos tucanos varia de 10 a 35oC.
Se o ambiente esquentava o bico dos tucanos se aquecia em questão de minutos, funcionando como um radiador que dissipa o calor do corpo da ave, permitindo que ela permaneça resfriada.
O oposto também foi observado, pois quando as temperaturas são mais brandas pouco calor irradia através do bico, permitindo que a ave conserve o calor.
O bico do tucano tem uma rede de vasos sanguíneos que podem aumentar ou restringir o fluxo de sangue. Ao alterar este fluxo na superfície do bico os tucanos podem conservar ou liberar o calor corporal para se resfriarem.
A grande área do bico e o fato do mesmo não ser isolado significa que o fluxo de sangue ali leva à liberação de calor, resfriando a ave. Em seguida o calor é dissipado no ar.
Radiador eficaz
Outros animais também usan partes de seus corpos para regular a temperatura do corpo. Elefantes e coelhos irradiam calor através das suas orelhas para se resfriarem.
O estudo também mostrou que o tucano é extremamente eficaz para controlar a própria temperatura corporal com seu bico: O bico pode eliminar 100% do calor corporal ou apenas 5% caso o fluxo sanguíneo seja interrompido.
Os pesquisadores explicam que como as aves não suam, necessitam utilizar seus bicos para regular a temperatura corporal.
A equipe planeja estudar como outras aves regulam a temperatura corporal. [BBC]
http://hypescience.com/19007-o-segredo-por-tras-do-bico-do-tucano/

sexta-feira, 22 de março de 2013

SUPERANDO AS DIFICULDADES


    Uma das maiores dificuldades dos alunos é entender o que é passado na escola pelo professor para a vida real, muitas vezes a escola não incentiva a saída dos alunos para  observarem na prática o que foi passado nas aulas, com isso cria uma dificuldade maior na assimilação do conteúdo. 
    Muitos acadêmicos possuem excelentes projetos didáticos, que poderiam estar contribuindo com a educação escolar. O desenvolvimento teórico do nosso projeto foi um grande aprendizado, tanto para nós estudantes de graduação, quanto para os alunos de ensino fundamental. Com isso procuramos métodos para facilitar a compreensão de como é o Cerrado tentando trazer na prática o mais real possível, tivemos a ideia de fazer uma maquete, abordando suas principais características, como a fauna e a flora. Os materiais usados foram: massa (criatividade própria), ilustrando o relevo e suas partes planas;  grama sintética representando a vegetação rasteira; para as árvores mais altas usamos gravetos de árvores demonstrando os galhos tortuosos; utilizamos fotos de árvores coladas com palitos de picolé para representar algumas das principais espécies da flora; os animais foram feitos com o mesmo material das árvores, com ênfase também nos animais de maior importância; procuramos ilustrar um rio  usando tinta azul coberto por gel.
     Levamos na escola a maquete, os alunos se mostraram bastante interessados, curiosos e com isso puderam aprender mais o que seria o Cerrado.

     






Grupo:Gabriela Cunha, Márcia Lopes, Marilu Paulino, Priscila Ferreira e Thayane Bueno.

quarta-feira, 20 de março de 2013

Aspectos da Flora do Cerrado

Olá pessoal, nós vamos compartilhar com vocês alguns aspectos da flora do cerrado!!!!!!

De início, é importante destacar que o bioma do cerrado é segmentado, ou seja, dividido. E a flora, nesse local além de ser muito diversificada, ela colabora para o sustento de muitas famílias, como o uso de sementes e outros componentes vegetais que mantém muitas famílias, assim como somente são característicos do cerrado.
Neste território, também existem indígenas, que utilizam de forma direta para sua sobrevivência, os recursos naturais.
Não podendo deixar de lado a questão climática e as ocorrências de queimadas, no cerrado. Onde alguns tipos de sementes, as anemocóricas, germinam justamente com a presença do fogo. E também, nesse aspecto ecológico, frutos se abrem e ajudam na dispersão de sementes, como exemplo a Anemopoegma arvensis.
Uma questão a se destacar, é de que existe, segundo estudos 44% de plantas de mata atlântica no cerrado, sendo que conseguiram condições físicas para se desenvolverem no local.
Portanto, havendo em torno de 290 mil espécies no cerrado, estas são distribuídas em diversos tipos e características, assim como em funções.
É importante destacar que algumas espécies do cerrado são importantes por serem fitoterápicos como a espécie Pseudorickellia brasilliensis conhecida popularmente por arnica do mato tem ação medicinal na cicatrização, inflamações, etc.
Outras espécies também são importantes na alimentação como a espécie Caryocar brasilliense o famoso pequi.
A flora do cerrado tem muitas utilidades, é muito importante que ela seja preservada, pois muitas espécies estão correndo risco de extinção, por isso é preciso a conscientização de todos!

 Referências bibliográficas

COUTINHO, Leopoldo Magno. Aspéctos ecológicos do cerrado II. Universidade de São Paulo. 1977.
MÉIO, Beatriz B, et al. Revista Brasileira de Botânica. 2003. Vol.26.
Revista Brasileira de Botânica, 2003, Vol.26, p.437-444 [Periódico revisado por pares].

Grupo: Ana Carolina Roque Cardoso; Larissa Moita Rossetto; Luciana Maria de Oliveira Barbosa; Mariana Mendes Porto Azevedo e Pedro Gomes Peixoto.

Flora do Cerrado

Como já foi mencionado, o nosso grupo vai realizar um caça ao tesouro sobre o cerrado. Para isso iremos fazer fichas que vão conter informações sobre a planta ou o animal e uma foto do mesmo. O interessante da flora é que muitos alunos se esquecem dela, dando um enfoque, geralmente maior, para animais, por este motivo tentamos pegar fotos bastante ilustrativas e que chamem atenção e tentar tornar estas plantas tão interessante como os animais.  

 Palmito Juçara (Euterpe edulis)

História natural: a árvore é uma palmeira esbelta com ótimas características para o paisagismo, ela pode atingir alturas de 10 a 20 m de altura, com tronco de 10-20 cm de diâmetro. Possui uma madeira leve, dura, resistente, de longa durabilidade quando presente em ambiente seco. O principal produto dessa planta é o palmito, um alimento requintado e saboroso, consumido no Brasil e no exterior. Sua madeira apesar de não ser de boa qualidade, é empregada localmente em construções rurais, como ripas, caibros, escoras de andaimes, calhas para condução de água e fabricação de chapas de aglomerado e celulose.

Palmito Juçara. Disponível em: (http://www.florestasnativas.com.br/PALMITO-JU%C3%87ARA).

Baru (Dpyteryx alata Vog)

História de vida: Ocorre em terras dos estados de São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso, Mato Grosso do Sul, Goiás, Tocantins, Bahia, Piauí, Maranhão e Distrito Federal.  É considerada uma árvore de grande porte chegando a medir 25 metros de altura, podendo atingir 70 cm de diâmetro com vida útil em torno de 60 anos. Ele apresenta sua primeira frutificação com cerca de 6 anos, sendo este período bastante variado em função das condições de solo e água. O baru é composto por uma polpa fonte de alimento para pequenos mamíferos, roedores, pássaros, morcegos além do  gado que se alimentam roendo a polpa da fruta na época da safra.

Takemoto, E. et al. Composição química da semente e do óleo de baru (Dipteryx alata Vog.) nativo do Município de Pirenópolis, Estado de Goiás. Rev. Inst. Adolfo Lutz, 60(2):113-117, 2001.

Sucupira do cerrado (Bowdichia virgilioides).

História Natural: Planta pioneira, heliófita, seletiva xerófita ela pode atingir alturas de 6 a 14 m de altura. Possui uma madeira pesada, bastante decorativa e de longa durabilidade natural, sendo esta utilizada para acabamentos internos, como assoalhos, molduras, painéis e portas. É conhecida também por ser uma árvore extremamente ornamental quando em flor, muito útil para arborização de ruas estreitas, além de ser ótima para plantios em áreas degradadas e de preservação permanente.
Sucupira do cerrado. Disponível em: (http://www.florestasnativas.com.br/SUCUPIRA-DO-CERRADO).

Tarumã do cerrado (Vitex polygama).

História Natural: Planta pioneira e produtora de frutos apreciados pela fauna, pode ser utilizada nos plantios mistos destinados à recomposição de áreas degradadas de preservação permanente. Sua altura varia de 6 a 12 metros quando adulta. Detêm uma madeira moderadamente pesada, resistente e relativamente durável quando protegida da umidade e do solo, sendo empregada na construção civil, principalmente para acabamentos internos. Além disso, a árvore é bastante ornamental e pode ser empregada também no paisagismo, principalmente para arborização de ruas estreitas.

Tarumã do cerrado. Disponível em: (http://www.florestasnativas.com.br/TARUM%C3%83-DO-CERRADO)

Grupo: Aline Nonato, Ana Elisa Lopes, Bruna Petersen, Bruna Bacalá e Nayra Rodrigues 




segunda-feira, 18 de março de 2013

Curiosidades.....


       Nosso jogo de tabuleiro terá cartas com perguntas sobre ecologia, fauna e flora e cartas também com curiosidades e informações. Enquanto nosso jogo não fica pronto, aqui está algumas curiosidades sobre nosso bioma Cerrado que estarão no nosso jogo:


      



    A presença das três bacias hidrográficas, que são as maiores da América do Sul, Tocantins-Araguaia, São Francisco e Prata, favorecem a biodiversidade da fauna e flora.



                                                                                                                                       imagem: ttp://www.educadores.diaadia.pr.gov.br/modules/mylinks/viewcat.php?cid=51&min=100&orderby=titleD&show=10>.     


 
     
     O ipê-amarelo (Tabebuia aurea)é uma arvore típica do cerrado. Árvore com altura variando entre 6 e 14 metros, possui tronco tortuoso de 30 a 50 cm de diâmetro. Ipê é uma palavra de origem tupi, que significa árvore cascuda (casca grossa). Sua floração ocorre a partir do mês de julho e se prolonga até meados de setembro, época em que a planta perde todas suas folhas.

Imagem: <http://projetoipe2011.blogspot.com.br/2011_01_01_archive.html>.




 O sapo-cururu (Rhinella marina, antes conhecido por Bufo marinus) apresenta dimorfismo sexual acentuado. O amplexo (modo como um anuro macho se coloca no dorso de uma fêmea) pode durar cerca de 40 horas antes que ocorra a oviposição, e o acasalamento pode prolongar-se por mais 10 horas.

Imagem: <http://www.educacional.com.br/reportagens/biodiversidade/errado_imprimir.asp?strTitulo=No%20lugar%20errado>. 




A Copaíba (Copaifera langsdorfii) é uma espécie ameaçada de extinção. Pode viver em torno de 400 anos, sua altura pode chegar de 25 e 40 metros. Desta árvore, é extraído um óleo-resina, tendo emprego medicinal. Alguns estudos apontam o emprego dessa substância na composição de fármacos com ação antimicrobiana e em composição obturadora na área odontológica. 



Imagem: <http://www.arvores.brasil.nom.br/esq.htm>




Logo mais, postaremos mais novidades sobre nosso trabalho. 

Grupo: Julian Cristian, Leandro Rodrigues, Marcos Gomides, Paulo Faquinelli e Tatiane Barbosa.






terça-feira, 12 de março de 2013

Conhecendo o Cerrado


          O Cerrado abriga um grande número de espécies animais. Mamíferos, aves, répteis, anfíbios e peixes fazem parte das cerca de 2.500 espécies de vertebrados identificados e que vivem no bioma. Também há mais de 10 mil espécies vegetais identificadas pelos cientistas, cerca de 4.400 dessas espécies são endêmicas.
       Para abordar as disciplinas do semestre em EDP 4, o grupo pensou em desenvolver um jogo de tabuleiro sobre o Cerrado, sendo a ecologia, zoologia e botânica os temas principais a serem abordados. O Cerrado precisa ser conservado e a conscientização da sociedade talvez seja a única chave para o sucesso dessa campanha. O jogo de tabuleiro poderá ser um método eficaz e divertido para o ensino de biologia, visando uma maior dinâmica nessa educação e minimizar dificuldades enfrentadas na sala de aula pelo docente.

 Para preservar, é preciso conhecer.



 Grupo: Julian Cristian, Leandro Rodrigues, Marcos Gomides, Paulo Faquinelli e Tatiane Barbosa.







quarta-feira, 6 de março de 2013

O Cerrado

A proposta do grupo em EDP IV é levar aos alunos um conhecimento adicional sobre o bioma cerrado, através de aula expositiva e visita monitorada ao Zoológico Parque do Jacarandá em Uberaba, onde os alunos poderão ter um maior contato com a fauna, a flora e a ecologia do cerrado. Durante a visita esses alunos aprenderão mais sobre algumas características da vegetação e dos animais típicos deste bioma,
sempre tratando também a parte ecológica, tão importante para a manutenção da fauna e da flora.

Discentes: Igor Ballego, Laís Milagres, Letícia Costa, Mirley de Oliveira, Pedro Henrique e Rejane Leal

Proposta do Trabalho de EDP IV

O nosso grupo tem como objetivo fazer com que os alunos saibam reconhecer as características, fauna e flora do bioma cerrado. Para isso iremos ministrar uma aula expositiva para alunos da 5ª série e para que eles fixam o conteúdo faremos um tipo de "caça ao tesouro". O jogo funciona de maneira simples, no patio da escola vamos esconder cartões, cada cartão contém uma foto de um animal ou planta presente ou não no cerrado. Além das fotos terão frases com curiosidades e características do cerrado, entretanto terá também frases com conteúdo errado. Os alunos vão ser divididos em grupo e eles vão ter que encontrar estes cartões e pegar apenas os referentes ao cerrado, caso eles pegarem algum cartão errado eles perdem ponto, no final o grupo que tiver mais pontos ganha. 

Segue abaixo alguns exemplo dos cartões que serão escondidos


Piapara (Leporinus elongatus)

História natural: peixe com escamas de coloração prateada. Nadadeiras amareladas e três manchas pretas nas laterais. Pode atingir 80 cm de comprimento e 6 Kg. Alimenta-se de vegetais, insetos e larvas. São ovíparos. É um animal muito apreciado na pesca artesanal.

Leporinus obtusidens – Piava ou Piapara. Disponível em: <http://peixesdebonito.com.br/leporinus-obtusidens-piava-ou-piapara/>. Acesso em: 01 mar. 2013.
Piapara - Leporinus elongatus. Disponível em: <http://peska.com.br/novopeska/peixes-de-agua-doce/79-piapara-leporinus-elongatus>. Acesso em: 28 fev. 2013.
Principais atrações. Disponível em: < http://www.pesca.sp.gov.br/atracoes_aquario.php>. Acesso em: 28 fev. 2013.
SANTOS, G. O. Aspectos biológicos importantes para a piscicultura do gênero leporinas spix, 1829 — uma revisão. Pesquisa Agropecuária Gaúcha, v.6, n.1, p.151-156, 2000.



Tucanaçu (Ramphastos toco)

História Natural: Conhecido também como tucano. Possui bico longo, porém leve, amarelo e laranja, com uma mancha preta na ponta. Ao redor dos olhos há uma coloração azul, contudo a cor que mais predomina em seu corpo é o preto. É o maior dos tucanos e sua base alimentar é constituída principalmente de frutas. No entanto, para suprir a necessidade de proteína preda insetos e até mesmo pequenos lagartos, pequenos anfíbios e ovos de outras aves. Vive em casais ou bandos, e não apresenta dimorfismo sexual. A mais nova descoberta sobre o tucano foi a respeito do seu bico, além de auxiliar na alimentação e na atração de parceiros, possui como principal função o controle térmico do corpo. Assim quando a temperatura cai ocorre a contração de vasos sanguíneos presentes no bico, o que impede a perda de calor, e quando a temperatura se eleva os vasos se dilatam e permitem a liberação de calor, resfriando o animal.
SILVA, T. G. G.; VIEIRA, L. N. G.; BARRELLA, W.; Estudo preliminar de enriquecimento ambiental no recinto do Ramphastos toco (Tucano-toco). Revista Eletrônica de Biologia, v.3, n.3, p.93-104, 2010.
SICK, H. (1997) Ornitologia Brasileira. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira.
GWYNNE, J. A. et al. Aves do Brasil: Pantanal e Cerrado. São Paulo: Editora Horizonte; Nova York, NY: Comstock Publishing Associates, 2010.
SICK, H. Ornitologia brasileira. 3° edição. Editora Nova Fronteira. Rio de Janeiro, 2001. 863 p.
TATTERSALL, G. J.; ANDRADE, D. V.; ABE, A. S.; Heat Exchange from the Toucan Bill Reveals a Controllable Vascular Thermal Radiator. Science 325, 468 (2009); DOI: 10.1126/science.1175553.




Rã-Pimenta (Leptodactylus labyrinthicus)

História natural: É geralmente encontrada durante a noite, nas margens de brejos e locais de água corrente. Seu período de atividade tem inicio ao entardecer (entre 1 e 2 horas antes do pôr-do-sol). Durante o dia procura locais protegidos como buracos, pedras ou buracos de madeiras. O macho geralmente é maior do que a fêmea. Alimentam-se basicamente de artrópodes, especialmente de insetos.
RIBEIRO, C. D. de L. Descrição espermática do sêmen de rã-pimenta (Leptodactylus labyrinthicus). Viçosa. 2009.
Rã-pimenta. Disponível em: <http://ipt.olhares.com/data/big/324/3243368.jpg>. Acesso em: 01 mar. 2013.
RODRIGUES, R. B.; FERREIRA, V. L. DIETA DE Leptodactylus labyrinthicus (SPIX, 1824) (AMPHIBIA–LEPTODACTYLIDADE) DO MORRO SANTA CRUZ, CORUMBÁ–MS. 2004.
SILVA, W. R. da; GIARETTA, A. A.; FACURE, K. G. On The Natural History of South American Pepper Frog, Leptodactylus labyrinthicus (Spix, 1824) (Anura: Leptodactylidae). Journal Of Natural History, v. 7, n. 39, p.555-566, 2005.


Coruja buraqueira (Athene cunicularia)

História Natural: A coruja buraqueira possuem cor predominantemente marrom com manchas brancas nas costas e nas asas e seus olhos são amarelos. Ao contrário da maioria das corujas o macho é ligeiramente maior que a fêmea e as fêmeas são normalmente mais escuras que os machos. Alimentam-se de insetos, pequenos roedores, anfíbios e também pequenos pássaros. Possui hábitos noturnos e diurnos, concentrando sua maior atividade nos períodos de crepúsculo. Possui esse nome por fazer seus ninhos em buracos no chão, tem a capacidade de cavá-los, mas muitas vezes usa tocas abandonadas de outros animais, como tatus.
Coruja-buraqueira. Disponível em: <http://www.wikiaves.com.br/coruja-buraqueira>. Acesso em: 01 mar. 2013.
GWYNNE, J. A. et al. Aves do Brasil: Pantanal e Cerrado. São Paulo: Editora Horizonte; Nova York, NY: Comstock Publishing Associates, 2010.


Grupo: Aline Nonato, Ana Elisa Lopes, Bruna Petersen, Bruna Bacalá e Nayra Rodrigues 

sexta-feira, 1 de março de 2013

Queimadas no Cerrado


Queimadas natural no cerrado

Assim como em todas as savanas tropicais, o fogo tem sido um importante fator ambiental nos cerrados brasileiros desde há muitos milênios e tem, portanto, atuado na evolução dos seres vivos desses ecossistemas, selecionando plantas e animais com características que os protejam das rápidas queimadas que lá ocorrem. Nas plantas, uma dessas características que talvez mais nos chame a atenção é a cortiça grossa das árvores e arbustos (lenhosas), que age como isolante térmico durante a passagem do fogo. Entretanto, um observador mais atento irá notar diversas outras respostas da vegetação ao fogo, como a floração intensa do estrato herbáceo e a rápida rebrota das plantas, dias após a queima, a abertura sincronizada de frutos e intensa dispersão de suas sementes, a germinação das sementes de espécies que são estimuladas pelo fogo. Ainda, o fogo promove todo um processo de reciclagem da matéria orgânica que, ao ser queimada, transforma-se em cinzas, que se depositam sobre o solo e, com as chuvas, têm seus elementos químicos solubilizados e disponibilizados como nutrientes às raízes das plantas.
Sendo assim, ao contrário do que muitos pensam, o fogo de intensidade baixa ou moderada não mata a grande maioria das plantas do Cerrado, que são adaptadas a esse fator ecológico. Pelo contrário, para muitas espécies, principalmente as herbáceas, o fogo é benéfico e estimula ou facilita diversas etapas de seu ciclo de vida, como mencionamos acima.
Também os animais do Cerrado estão adaptados para enfrentar as queimadas: dentre os vertebrados, muitos se refugiam em tocas ou buracos e ficam protegidos das altas temperaturas, pois, a poucos centímetros de profundidade, o solo nem chega a esquentar, devido à rapidez com que o fogo percorre os cerrados.

http://www.comciencia.br/comciencia/?section=8&edicao=42&id=511
imagem:http://caliandradocerradogo.blogspot.com