terça-feira, 31 de maio de 2011

A fauna do Triângulo Mineiro

Olá pessoal, em recente pesquisa sobre a fauna do Triângulo Mineiro e a perda de sua biodiversidade, encontrei referência sobre algumas espécies que se encontram ameaçadas de extinção e gostaria de compartilhar essa pesquisa com vocês.






Minas Gerais é um estado biologicamente bastante rico, fruto de sua vasta superfície, clima, relevo e de seus recursos hídricos, que propiciam o aparecimento de uma cobertura vegetal extremamente rica e diversa, agrupada em três grandes biomas: a Mata Atlântica, o Cerrado e a Caatinga, com suas paisagens. Essa variedade resulta numa riqueza extraordinária de flora e fauna e contribui para que o Brasil seja considerado o país campeão de megadiversidade. Entretanto, toda essa diversidade de paisagens se encontra fortemente ameaçada. O processo de ocupação verificado no Estado tem provocado uma crescente erosão de sua diversidade biológica. Ao longo de sua história, Minas Gerais sofreu um intenso desmatamento de seus ecossistemas naturais mais representativos, como a Mata Atlântica e o Cerrado, e continua sofrendo grandes transformações na sua paisagem em função de um modelo de desenvolvimento que não prioriza as questões ambientais.
O Triângulo Mineiro está localizado a Oeste do Estado de Minas Gerais, fazendo divisa com os Estados de Goiás, Mato Grosso do Sul e São Paulo. É uma mesorregião com 66 municípios, distribuídos em sete microrregiões: Ituiutaba, Uberlândia, Patrocínio, Patos de Minas, Frutal, Uberaba e Araxá. Possui relevo com contornos suaves ou levemente ondulados, sendo mais acidentado a Leste-Sudeste, onde são encontradas as maiores altitudes, e mais plano (terras baixas) ao Sul e na região do Pontal do Triângulo. Há domínio do Clima tropical úmido, mas também com áreas de Clima temperado chuvoso e de Clima subtropical de altitude, ao Leste. Entre os tipos de vegetação nativos incluem-se florestas, cerrados e campos. A situação de degradação ambiental do Triângulo Mineiro tem-se mostrado verdadeiramente crítica, em decorrência do intenso uso do solo, especialmente de lavouras que têm substituído grande parte da cobertura vegetal original, fazendo com que restem apenas fragmentos do Cerrado em áreas não agricultáveis.
A perda da biodiversidade, cuja face mais cruel é a extinção de espécies, configura-se como um dos problemas ambientais mais dramáticos deste início de século. Como resultado da ação humana, nas últimas quatro décadas já foram extintas mais de 450 espécies de animais. Caso as tendências atuais não sejam revertidas, as projeções mais recentes apontam de números assustadores para as próximas décadas, o que poderá caracterizar mais um período de extinção em massa na história da vida no planeta. Por outro lado, este cenário tem despertado maior atenção da sociedade sobre a importância da conservação da biodiversidade, tema atualmente prioritário nas agendas políticas nacionais e internacionais, expresso na Convenção sobre a Diversidade Biológica, assinada e ratificada pela maioria dos países. Amplia-se cada vez mais o reconhecimento do valor intrínseco da diversidade biológica e do seu papel na manutenção dos sistemas necessários à vida.
No Brasil, país que concentra a maior biodiversidade do planeta nos vemos frente a um duplo desafio: a responsabilidade pela conservação deste patrimônio e, ao mesmo tempo, a oportunidade ímpar de incorporá-lo como elemento central de uma nova concepção de desenvolvimento, baseado na sustentabilidade ambiental. Mais do que nunca, precisamos conhecer a biodiversidade existente, identificar os principais fatores que a ameaçam e estabelecer prioridades de ação. Neste contexto, as listas de espécies ameaçadas, elaboradas com rigor científico e oficialmente reconhecidas, constituem instrumentos poderosos para orientar e aglutinar os esforços conservacionistas, dando-lhes maior racionalidade e eficácia.
Extinção pode ser definida como o evento pelo qual o último representante de uma espécie deixa de existir. Ou ainda, de modo mais abrangente, como o momento a partir do qual os indivíduos remanescentes de uma espécie mostram-se incapazes de produzir descendentes viáveis ou férteis (Frankel & Soulé, 1981).
A extinção de espécies é um fenômeno natural tanto quanto o surgimento de novas espécies por meio da evolução biológica. A maior parte das espécies de plantas e animais que já povoaram a face da Terra se extinguiu devido a causas naturais antes mesmo do aparecimento do homem, e os paleontólogos reconhecem cinco períodos em que extinções em massa reduziram a biodiversidade no planeta (Gibbs, 2001). Mais do que o evento da extinção em si, interessa compreender o processo pelo qual as espécies tornam-se extintas. Atualmente, os processos que eventualmente levariam ao desaparecimento de muitos dos seres vivos que conhecemos foram “acelerados” pela ação humana. A espécie Homo sapiens não é a mais populosa do planeta, mas tornou-se dominante pela capacidade de alterar o ambiente natural, adaptando-o às suas necessidades e, assim, reduzindo em extensão e em qualidade os hábitats nos quais vive a maior parte dos demais seres vivos. Embora, na pré-história, a caça pelo homem antigo possa ter sido a causa da extinção de alguns grandes mamíferos, hoje a grande ameaça à maioria dos organismos é a perturbação, fragmentação e, finalmente, destruição dos hábitats. O papel humano nos processos de extinção tem sido o de elevar a taxa de desaparecimento das espécies existentes, ao mesmo tempo em que interfere no processo de evolução biológica, responsável pelo surgimento de novas espécies. Estima-se que, durante o século XX, a taxa de extinção de espécies foi 100 vezes maior do que aquela existente antes do surgimento do homem (Lawton & May, 1995). Convencionou-se chamar a essa perda rápida de espécies de erosão da biodiversidade. A diversidade biológica do planeta constitui um patrimônio natural comum, sendo a fonte de muitos dos recursos naturais renováveis explorados para alimentação, produção de energia, pelas indústrias farmacêuticas e de cosméticos, etc. Na tentativa de refrear o ritmo atual de extinções, iniciativas internacionais passaram a identificar as espécies em maior risco de desaparecimento e, assim, a estabelecer prioridades de pesquisa e conservação.
A adoção de estratégias para reverter o quadro de ameaça começa pela avaliação do estado de conservação das espécies, avaliando-as quanto ao seu risco de extinção. A ferramenta básica para a definição do status de conservação das espécies é mundialmente denominada Lista Vermelha. Se bem entendidas, as listas vermelhas podem e devem influenciar o desenho das políticas públicas e privadas de ocupação e uso do solo, a definição e priorização de estratégias de conservação, o estabelecimento de medidas que visem reverter o quadro de ameaça às espécies inseridas nas mesmas, além de direcionar a criação de programas de pesquisa e formação de profissionais especializados.
Enquanto as listas mundiais de espécies de animais ameaçados de extinção elaboradas periodicamente pela União Mundial para a Natureza – UICN refletem a situação geral das espécies rumo ao desaparecimento, o exame do declínio regional e local, como é o caso das lista de animais e plantas ameaçadas do Brasil e de Minas Gerais, é essencial para tentar reverter o processo através da adoção de medidas concretas de proteção. Quanto mais perto estivermos das causas do declínio das espécies nos ambientes naturais, maiores serão as chances de uma ação concreta, pois as decisões e medidas que levam à conservação ou à eliminação de determinada espécie serão tomadas em nível dos estados e municípios. Deriva desse fato a importância maior das listas regionais de espécies ameaçadas como a Lista da Fauna Ameaçada de Extinção do Estado de Minas Gerais, publicada pela DN COPAM 041/95, e a Lista da Flora Ameaçada de Extinção de Minas Gerais, oficializada pela DN 085/97, ambas coordenadas pela Fundação Biodiversitas. As revisões periódicas das listas vermelhas são um recurso fundamental para manter a sua função de alertar a sociedade e os governos para uma mudança de comportamento e adoção de medidas efetivas para reverter a situação evidenciada nas mesmas.
De acordo com o Art. 2º da Lei Estadual No 10.583 de 03 de janeiro de 1992, a revisão das listas vermelhas devem ser feitas a cada três anos. Conforme proposta técnica apresentada ao IEF, a revisão das listas estaduais seguirá o ”Roteiro Metodológico para Elaboração de Listas de Espécies Ameaçadas”, publicado pela Fundação Biodiversitas , em 1997, tendo como base os critérios e categorias da IUCN (União Mundial para a Natureza), agora com a versão mais atualizada desse documento ( versão 3.1) e incorporado na Etapa Preparatória, que diz respeito a elaboração da lista de espécies candidatas, o uso de um banco de dados via Internet como ferramenta facilitadora dos trabalhos.

A União Mundial para a Natureza (IUCN – The World Conservation Union) tornou-se referência mundial na avaliação de espécies ameaçadas, através da publicação, desde 1966, das chamadas listas vermelhas de plantas e animais ameaçados de extinção. Ao longo dos anos, não só as espécies, mas também os critérios para definição de seu estado de conservação foram revisados, acompanhando o avanço do conhecimento científico e tornando a avaliação mais objetiva e replicável em diferentes momentos e regiões (Gärdenfors et al., 1999). O Brasil elaborou sua primeira lista de fauna ameaçada em 1973 (Portaria no 3.481-DN/73), com 86 espécies. A lista atualmente em vigor (Portarias IBAMA no 1522/89 e 45-N/92) foi preparada inicialmente por 14 especialistas reunidos durante o XVI Congresso Brasileiro de Zoologia, em 1989 (Bernardes et al., 1990). A portaria de 1989 foi acrescida de uma espécie em 1992, somando hoje 208 espécies. A primeira lista estadual de fauna ameaçada no Brasil foi publicada no Paraná em 17 de fevereiro de 1995 (Lei nº 11.067/95). No mesmo ano, a Fundação Biodiversitas, atendendo à solicitação do Instituto Estadual de Florestas de Minas Gerais elaborou a lista mineira (Deliberação COPAM 041/95).
De acordo com os critérios da UICN (União Mundial para a Conservação da Natureza) 2001 foram definidos os seguintes níveis de ameaça, considerando o uso dos critérios em escala regional, ou seja, área geográfica subglobal tal como um continente, país, estado ou província (IUCN 2003):
Extinta - Um táxon será considerado Extinto quando não há dúvidas de que o último indivíduo morreu
Extinta regionalmente - Um táxon será considerado Extinto regionalmente quando o mesmo estiver extinto no país (Brasil), mas existente em outras partes do mundo.
Extinta na natureza - Um táxon será considerado Extinto na Natureza quando é conhecido por sobreviver apenas em cativeiro, criação ou como uma população naturalizada fora de sua área original de ocorrência.
Ameaçada - enquadrada em três níveis de ameaça:
Criticamente em perigo - Táxon que corre um risco extremamente alto de extinção na natureza como definido pelos critérios de A a E da IUCN (2001)
Em perigo - Táxon que corre um risco muito alto de extinção na natureza como definido por qualquer dos critérios A a E da IUCN (2001)
Vulnerável - Táxon que corre um risco alto de extinção na natureza como definido por um dos critérios de A a E do quadro 2 para esta categoria.
Quase ameaçada - Táxon que não atinge, mas está próximo de atingir os critérios de ameaça, ou provavelmente estará ameaçado em um futuro próximo.
Não ameaçada - Táxon que foi avaliado quanto ao seu risco de extinção, mas não se enquadrou em nenhuma das categorias de ameaça da IUCN (2001).
Dados insuficientes - Sem dados suficientes para enquadramento em alguma das categorias acima
Para categorização das espécies nos diferentes níveis de ameaça são considerados os seguintes critérios conforme sumário das categorias e critérios IUCN (2001) ou critérios completo e critérios em escala regional, IUCN, 2003:
Redução do tamanho da população
Variação na extensão da área de ocorrência ou da área de ocupação
Número de indivíduos maduros
Análise quantitativa mostrando a probabilidade de extinção na natureza em relação ao tempo ou ao número de gerações
Para cada um desses critérios existe uma série de variáveis que permitem a categorização da espécie em um dos níveis de ameaça considerados.
Não existe trabalho atualizado que descreva a Fauna do Triângulo Mineiro na sua totalidade. Na verdade, as informações disponíveis sobre essa Fauna estão fragmentadas em diversos estudos, cada qual abordando um ou alguns grupos específicos, especialmente de vertebrados (BRITES & BAUAB, 1988; BRITES et, al., 1992; BIDIVERSITAS, 1998; CEMIG, 2000; 2004).
MASTOFAUNA (fauna de mamíferos)
Morcegos, os únicos mamíferos voadores são representados por espécies das famílias Phyllostomidae e Molossidae. Os filostomídeos são conhecidos como morcegos-fruteiros e vampiros, sendo encontrados em cavernas, tocas, construções humanas (torres de igreja e porões) e copas de árvores. Incluem não apenas espécies frugívoras (Carollia perspicillata) e hematófagas (Demodus rotundus), mas também nectarívoras (Glossophaga soricina). Três espécies desta família estão ameaçadas de extinção, sendo uma delas encontrada na região: Chiroderma doriae. Molossídeos são principalmente insetívoros e tem preferência por morar em locais secos, como ocos de árvores, cercas e sótãos. São os chamados morcegos-de-cauda-livre, como Molossops temmincki e Molossus molossus.
Roedores incluem diversas espécies de murídeos, tanto silvestres (calomys callosus, rato-do-mato; Nectomys squamipes, rato-d’água; Oryzomys capito, rato-do-mato) como domiciliares (Rattus rattus, rato-preto-das-casas). Outras espécies encontradas na região são: Coendou prehensilis, o ouriço-cacheiro (Erethizontidae); Agouti paca, a paca; e Dasyprocta azarae, a cutia (Dasyproctidae); Thrichomys apereoides, o rato-de-espinho (Echimyidae); e Hydrochaeris hydrochaeris, a capivara (Hydrochaeridae), que é o maior roedor do mundo.
Carnívoros das famílias Canidae, Procyonidae, Mustelidae e Felidae estão presentes na região. Muitas das espécies incluídas nessa ordem estão entre as mais ameaçadas de extinção. Canídeos incluem Cerdocyon thous, o cachorro-do-mato; Pseudalopex vetulus, a raposinha do campo e Chrysocyon brachyrus, o lobo-guará, as duas últimas ameaçadas. Procionídeos são representados por Procyon cancrivorus, o mão pelada e por Nasua nasua, o quati. Entre os mustelídeos destacam-se: Conepatus semistriatus, a jaratataca e Lontra longicaudis, a lontra, que também está incluída na Lista Vermelha de Espécies Ameaçadas de Extinção da Fauna de Minas Gerais (BIODIVERSITAS, 1998). Felídeos incluem herpailurus yaguarondi, o gato-mouriso; Leopardus pardalis, a jaguatirica; Leopardus tigrinus, o gato-do-mato; Leopardus wiedii, o gato-maracajá e Puma concolor, a suçuarana ou onça-parda, o segundo maior felino do continente americano. A situação dos felídeos é bastante preocupante, uma vez que muitas espécies são consideradas vulneráveis, ameaçadas, em perigo ou criticamente em perigo para o Estado de Minas Gerais ou para o Brasil.
Edentados (ordem Xenarthra) incluem: Tamandua tetradactyla, o tamanduá-mirim; Myrmecophaga tridactyla, o tamanduá-bandeira (Myrmecophagidae); Dasypus septemcinctus, o tatu-galinha; Cabassous unicintus, o tatu-de-rabo-mole; Eupractus sexcintus, tatu-peba; e priodontes maximus, o tatu-canastra (Dasypodidae).
Entre os demais grupos de mamíferos, destacamos as seguintes espécies: Didelphimorphia- Didelphis albiventris, o gambá; Luterolina crassicaudata, a cuíca; e Chironectes minimus, a cuíca d água, o único marsupial adaptado à vida semi-aquática, que se encontra em perigo de extinção (Didelphidae) ; Primates-Callithrix spp, os saguis ou micos(Callithricidae) ; Cebus apella, o macaco-prego ou capuchinho; Alouatta sp, os bugios; e Callicebus personatus, o sauá ou guigó, espécie que também, está incluída no Livro vermelho (Cebidae) ; Artiodactyla-Mazama gouazoubira, o veado-catingueiro; Mazama americana, o veado-mateiro; Ozotoceros bezoarticus, o veado-campeiro(Cervidae) ; Tayassu pecari, o queixada, o maior porco-do-mato-brasileiro; e Pecari tajacu, o cateto(Tayassudae) ; Lagomorpha-Sylvilagus brasiliensis, o tapiti (Leporidae).
Avifauna (fauna de aves)
A avifauna apresenta uma grande riqueza de espécies na região. As ordens Passeriformes (pássaros), Ciconiiformes (socós e garças), Falconiformes (gaviões e falcões), Columbiformes (pombos e rolinhas), Psittaciformes (araras, papagaios e tuins), apodiformes (andorinhões e beija-flores) e Piciformes (pica-paus, tucanos, etc.), estão entre as mais representativas da região.
Das espécies endêmicas do cerrado, estão presentes: Herpsilochmus longirostris (chorozinho-de-bico-comprido), Hylocryptus rectirostris (fura-barreira), Antilophia galeata (soldadinho), Cyanocorax cristatellus (gralha-do-campo), e Amazona xantops (papagaio-galego), Melanopareia torquata (tapaculo-de-colarinho) e Scytalopus novacapitalis (tapaculo-de-Brasilia), entre outras.
Várias espécies de aves ameaçadas de extinção também são registradas, incluindo: Rhea americana (ema). Tigrisoma fasciatum (socó-boi-escuro), Crax fasciolata (mutum-de-penacho), Ara arauna (arara-canindé), Amazona xantops (papagaio-galego), Culicivora caudacuta (papa-moscas-do-campo), Scytalopus novacapitalis (tapaculo-de-Brasília), Sicalis flaveola (canário-da-terra), entre outras.
Herpetofauna
A herpetofauna do Triângulo Mineiro inclui anfíbios (anuros) das famílias Bufonidae (Bufo chneideri), Hylidae (Hyla minuta), Leptodactylidae (Leptodactylus ocellatus) e Microhylidae (Chiasmocleis albopunctata). Répteis são representados por: Amphisbenídeos, como Amphisbaena vermicularis; por lagartos, como Ameiva ameiva, Tupinambis merianae e Tropidurus sp. ; por serpentes, como Micrurus frontalis (coral-verdadeira) e Crotalus durissus (cascavel); por quelônios, como Prynops geoffoanus; e por crocodilianos, como Caiman latirostris.
Estão ameaçadas de extinção as seguintes espécies da herpetofauna, com distribuição na região: Paleosuchus palpebrosus (jacaré-coroa); Caiman latirostris (jacaré-do-papo-amarelo); othrops itapetiningae (jararaca-do-campo); e Hoplocerus spinosus (calango) (BIODIVERSITAS, 1998).
Ictiofauna
Os principais grupos de peixes presentes no Triângulo Mineiro são teleósteos (subclasse de Osteichthyes) das ordens Characiformes e Siluriformes. Na primeira, destacam-se as famílias Characidae (lambaris, dourado, pacu, piranha, entre outros) e Anostomidae (piaus e piapara). Na segunda, a família Pimelodidae (mandis e pintado). Duas espécies encontradas na região estão ameaçadas de extinção: Brycon orbignyanus (piracanjuba) e Pulicea luetkeni (jaú) (BIODIVERSITAS, 1998). Pseudoplastystoma corruscans, pintado; Pulicea luetkeni, jaú, e Salminus maxillosus, dourado são algumas das maiores espécies encontradas na região. Também são registradas, no Triângulo Mineiro, algumas espécies introduzidas como Cichla ocellaris (tucunaré), Oreochromis niloticus (tilápia), Cyprinus carpio (carpa), Plagioscion squamosissimus (curvina) e Poecilia reticulata (grupe).










Referências Bibliográficas:



JÚNIOR, OM, ARAÚJO, GM.2007. A fauna e a flora do Triângulo Mineiro e Alto Paranaíba. CCBE-FUNDEP. Uberlândia 2007.
MARQUES, A. A. B. et al. Lista de Referência da Fauna Ameaçada de Extinção no Rio Grande do Sul. Decreto no 41.672, de 11 junho de 2002. Porto Alegre: FZB/MCT–PUCRS/PANGEA, 2002. 52p.(Publicações Avulsas FZB, 11).
lhttp://www.biodiversitas.org.br/index.htm
lhttp://www.fzb.rs.gov.br/downloads/fauna_ameacada.pdf

Parque Estadual do Pau Furado

Oi pessoal, achei muito interessante a presença de uma unidade de conservação na nossa região e boas notícias como a da criação do Parque Estadual do Pau Furado, lamentavelmente, não encontram o devido espaço nos meios de comunicação. Criado oficialmente há pouco tempo, sua existência ainda é desconhecida pela maioria. O Parque Estadual do Pau Furado é de grande relevância para a conservação do Cerrado, sobretudo por se localizar em uma região que durante décadas vem sofrendo com a exploração irrestrita de suas matas. Os dois mil e duzentos hectares do Parque abrangem os municípios de Uberlândia e Araguari, abrigando importantes remanescentes do bioma. Há que se ressaltar também a dimensão simbólica que a implantação do Parque Estadual traz para o Triângulo Mineiro, sendo a primeira unidade de conservação deste tipo na região. Sensibilizar as pessoas para o conservacionismo e abrir caminho para projetos de educação ambiental sustentáveis são só alguns dos aspectos positivos que se pode visualizar. Os recursos para implantação do Parque são provenientes de medidas de compensação ambiental decorrentes do licenciamento das duas usinas hidrelétricas do consórcio Capim Branco Energia (CCBE).Dessa forma, faz-se necessária a compreensão e análise dessa unidade de conservação para avaliarmos sua representatividade no cenário ambiental.



REALIDADES E DESAFIOS DA CRIAÇÃO DO PARQUE ESTADUAL DO PAU FURADO ENQUANTO MEDIDA COMPENSATÓRIA DA CRIAÇÃO DAS USINAS CAPIM BRANCO EM UBERLÂNDIA-MG.
Para saber mais acesse: www.geo.ufv.br/simposio/simposio/trabalhos/resumos.../018.pdf

segunda-feira, 30 de maio de 2011

Espécies do Cerrado.





Galbula ruficauda


BALDOCHI, M.


FAMÍLIA


Galbulidae



NOME POPULAR


Ariramba de cauda ruiva, beija-flor-d'água, beija-flor-da-mata-virgem, sovelão(MG).



OCORRÊNCIA


Maior parte do Brasil. Pode ser encontrada na América Central, Bolívia, Venezuela, Equador.



CARACTERISTICAS GERAIS


Muitas vezes confundida com um beija flor devido ao seu longo bico. Apresenta coloração verde-amarela, os machos possuem garganta branca, enquanto que nas fêmeas é um tom avermelhado, a espécie pode alcançar 22 cm de comprimento e seu peso pode atingir 23 gr.



BIOLOGIA/ECOLOGIA


Pode ser encontrada em borda de floresta, clareira, sub-bosque. Alimentam-se de insetos, sendo capazes de capturá-los em pleno vôo. Após a captura o Ariramba volta ao poleiro, onde golpeia a presa para se livrar de asas e ferrões. Alimentam-se de vários grupos de insetos tais como: besouros, libélulas, vespas, entre outros. Os mais comuns na alimentação são insetos pequenos em torno de 1 cm.


Segundo (Hilty e Brown1986, Hilty 2003) vivem solitárias ou em pares. Fazem ninhos em beiras de barrancos ou em cupinzeiros. Põem de 2 a 4 ovos com coloração branco-amarelados. O período de incubação pode durar cerca de 20 a 23 dias e há revezamento entre o casal. Os filhotes nascem com plumagem esbranquiçada.



CONSERVAÇÃO


É uma espécie que não está em risco de extinção. Segundo Skutch (1962), apesar de não estar em risco, a destruição de hábitats naturais pode causar declínio populacional dessa espécie.




Para saber mais: Guia de Campo: Avifauna Brasileira.

Dinheiro nas águas



  A Prochilodus lineatus é um peixe da família Prochilodontidae, da ordem dos Characiformes com grande distribuição geográfica, sendo encontrado inclusive em rios do cerrado como é o caso do Rio Grande. 

  É um peixe de escamas prateadas, possui uma boca protrátil para a captura de alimentos e é um peixe reofílico, ou seja, realiza grandes migrações para se reproduzir.

  É popularmente conhecido como curimbatá, curimba, curimatã e entre outros. Por ser um peixe muito apreciado na culinária nordestina e a sua comercialização estar aumentando, estudos relacionados a criopreservação do sêmen vêem ganhando atenção na piscicultura.  

Para saber mais:
MURGAS, L. D. S.; MILIORINI, A. B.; FREITAS, R. T. F.; PEREIRA, G. J. M.; Criopreservação do sêmen de curimba (Prochilodus lineatus) mediante adição de diferentes diluidores, ativadores e crioprotetores. R. Bras. Zootec. vol.36 no.3 Viçosa May/June 2007. 

Ave fantasma do Cerrado

O que você vê na imagem abaixo? Um tronco?

Pois este é o Urutau (Nyctibius griseus), que em tupi-guarani significa ave-fantasma. É u

ma das aves mais cultuadas na cultura do sertanejo e curiosamete

pouco conhecida da maior parte do povo brasileiro.São

pertencentes à família dos nictibiídeos (em latim, Nyctibiidae) e ao gênero Nyctibius, grupo que é restrito às regiões mais quentes do continente americano.

O urutau vive em bordas de florestas, campos com árvores e cerrados e é encontrado da Costa Rica à Argentina. Põe um único ovo que é chocado pelo macho. Não constroem ninho. No perí

odo de reprodução simplesmente depositam o ovo em alguma forquilha de galho grosso a grande altura ou numa cavidade natural de seu poleiro noturno, onde permanecem em atividade de choco. O tempo de incubação dura, aproximadamente, 33 dias. O filhote permanece mais 51 dias no ninho, um dos períodos de desenvolvimento mais longos para as aves no continente americano.

Arborícolas por excelência, não descem ao solo. Pousam geralmente na ponta de troncos mortos, parecendo um prolongamento destes, sendo esta uma ótima camuflagem.

Uma curiosa característica dessa espécie é poder enxergar de "olhos fechados", pois "...quando fecha os olhos notam-se, em sua pálpebra superior, duas incisões (...) ou fendas pelas quais a ave é capaz de observar os arredores (...) sem abrir as pálpebras; têm, pois, o efeito de um 'olho mágico' (Sick, 1997)".

Urutau com os olhos abertos, que pode chegar a ser confundido com uma coruja.

PARA SABER MAIS:


domingo, 29 de maio de 2011

Plano para salvar morceguinho-do-cerrado de extinção


O morceguinho-do-cerrado, Lonchopylla dekeyseri, é um mamífero nectarívoro, atuando como polinizador de espécies nativas do cerrado como o Jatobá e o Pequi. Esta espécie está incluída na Lista Nacional de Espécies da Fauna Brasileira Ameaçadas de Extinção do Ministério do Meio Ambiente e na lista da União Internacional para Conservação da Natureza (IUCN). São criaturas pequenas, medindo até 7 cm e pesando no máximo 12 gramas. Formam pequenas populações e habitam exclusivamente conjuntos de cavernas calcárias.

A biólgoa Ludmilla Aguiar os estuda há mais de 20 anos, e é uma das responsáveis pelo Plano de Ação Nacional para Conservação do Morceguinho-do-cerrado, criado em 2010. Esse Plano é uma iniciativa do governo para proteger as espécies ameaçadas do Brasil e é executado pelo Instituto Chico Mendes da Conservação da Biodiversidade (ICMBio). Há intenção de que todos os animais brasileiros ameaçados tenham Planos de Ação até 2014, por enquanto, um quarto deles já tem.

No caso dos morceguinhos, os especialistas informam a população, vizinha dos mamíferos, sobre os importantes serviços ambientais que eles prestam, além de atuarem na defesa da preservação dos ambientes naturais. A falta de corredores ecológicos é um fator preocupante, já que eles acabam se reproduzindo somente entre membros da mesma população, surgindo genes deletérios.

As mudanças climáticas que ocorrerão até 2050 só farão com que a situação que eles enfrentam seja ainda pior. De acordo com uma pesquisa realizada pela mesma bióloga e o professor do Instituto de Biologia, Ricardo Machado, os morceguinhos terão que se deslocar cerca de 500km para sudoeste, em direção a Minas Gerais e São Paulo, onde a degradação é ainda pior que a do Cerrado. E ainda poderiam não encontrar condições ideais para sobreviver, como flores, frutos, insetos e toda a cadeia alimentar deles.

Fonte: Jornal Darcy - UnB (modificado)

Curicaca

Foto: Baldochi, M. 

    A Curicaca é uma ave encontrada no cerrado, mas não é endêmica dele. Podendo ser encontrada em todos os biomas brasileiros, inclusive em outros países da América do Sul.
    Esta espécie pode atingir 70cm de altura. Ela pode enterrar seu longo bico em solo fofo para apanhar larvas de besouros. Seus ovos são esverdeados, botando de 2 a 3 ovos por ninhada, estes são chocados em árvores.
    Costumam seguir queimadas geradas por ações antrópicas afim de procurar animais assustados pelo fogo como cobras e outros animais de pequeno porte.
    Semelhante ao Carcará e  a Siriema por arremessar a cabeça para trás ao vocalizar seu grito onomatopéico.

Para saber mais: Guia de Campo Avis Brasilis - Avifauna Brasileira

O BICO DO TUCANO É UM RADIADOR TÉRMICO

Você já parou para pensar porque o tucano tem um bico tão grande?

Para responder essa pergunta, pesquisadores realizaram um estudo recente e descobriram que o bico do tucano funciona como um aparelho de ar-condicionado para o corpo dele. Seu bico é extremamente vascularizado e o sangue que passa por ele se esfria, irradiando seu calor para o ar, antes de voltar para o resto do corpo, que é isolado termicamente por penas. Os pesquisadores usaram uma câmera especial para detectar calor e notaram que, quanto mais quente fica o ambiente, maior a extensão do bico que se aquece. Assim, para manter sob controle a temperatura de seu corpo, o tucano consegue controlar a quantidade de sangue que vai para o bico e para quais partes dele. Quando o calor é muito, o bico todo recebe sangue, e a ave chega a abrir a boca, expondo o lado interno do bico que também é irrigado por veias, aumentando, ainda mais, a superfície quente exposta ao ar e ao vento.


Para saber mais:
Tattersall GJ, Andrade DV, Abe AS .2009. Heat Exchange from the Toucan Bill Reveals a Controllable Vascular Thermal Radiator. Revista Science 325:468-470.


Pássaros expulsos do cerrado pelo aquecimento global

O professor e chefe do Departamento de Zoologia da Universidade de Brasília, Miguel Ângelo Marini, desenvolveu uma pesquisa junto a colaboradores brasileiros e franceses mostrando que 38 espécies de pássaros do cerrado serão "expulsas" do cerrado para o sudeste, devido as mudanças climáticas, até 2099.

Os pesquisadores levaram em conta as previsões do Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) que estuda o aquecimento do planeta. Esses modelos climáticos mostram que até 2099 a temperatura do cerrado aumentará em média 3,5º C. Em algumas áreas mais quentes, a temperatura passará dos 40º C. Esse aumento afeta toda a fisiologia dos animais, que serão obrigados a procurar áreas onde o clima seja mais parecido com o qual estão acostumados, explica o professor Miguel A. Marini.

O Cerrado abriga 837 espécies de aves, 49% das espécies brasileiras. A pesquisa se deu com 38 espécies endêmicas, que são as que mais sofrem com alterações da paisagem, já que desenvolveram características de adapatação específicas para sobrevivência naquela determinada área.

Para sua pesquisa, Marini traçou o mapa de distribuição geográfica de cada uma das 38 espécies então sobrepôs esses mapas às previsões do IPCC para os anos de 2030, 2065 e 2099, verificando que houve diminuição do espaço para a sobrevivência de todas as 38 espécies.

Para o campainha-azul, por exemplo, a redução da área de distribuição será de 17%, esta espécie já se encontra próxima de ameaça de extinção de acordo com a organização internacional Bird Life. O que mais sofreu perda de espaço foi o jacu-de-barriga-castanha (Penelope ochrogaster) uma ave exclusiva do Brasil, com 80% menos de seu território. Quem perderá muito, 74%, também, é o pula-pula-de-sobrancelha (Basileuterus leucophrys). O beija-flor chifre-de-ouro (Heliactin bilophus) que é um importante polinizador de plantas do cerrado terá 31% menos espaço.

A sobrevivência dessas espécies depende de um equilíbrio ambiental. O professor Roberto Cavalcanti explica: "O regime das águas depende da vegetação nativa, e a reprodução das plantas e a dispersão de sementes de muitas espécies depende da fauna, como pássaros e morcegos".

Fonte: http://www.unb.br/noticias/unbagencia/unbagencia.php?id=5114http://www.unb.br/noticias/unbagencia/unbagencia.php?id=5114
Jornal Darcy - UnB

Postado por Raquel Chaves Macedo

Cerrado do Piauí sendo tomado pela soja

O cerrado do Piauí é uma nova fronteira agrícola, tomada pela expansão da soja. Mas o que é uma fronteira agrícola? É a faixa que determina o avanço da agropecuária, da unidade de produção capitalista sobre o meio ambiente, terras cultiváveis e/ou terras de agricultura familiar.

Para que a soja chegasse à cidade de Uruçuí perto de Bom Jesus (PI), foi preciso atravessar um oásis no meio do sertão, com água abundante e mal aproveitada, onde fica o Vale da Gurgéia. Como mostra o portal G1 de informações, além do mal aproveitamento da água, por uma questão cultural, as pessoas não estão aptas a trabalhar com a agricultura irrigada. Isso se transformou em um prato cheio para que agricultores do sul tomassem a região.


Antigos moradores desacreditavam na produção de qualquer coisa que se plantasse no cerrado, devido aos seus solos muito ácidos. Porém, na própria região, há calcário suficiente para correção desses solos.

As sementes de soja utilizados nesta região foram desenvolvidas por pesquisadores brasileiros, para que pudessem suportar o clima tropical. E o que é melhor é que a água que começa na hora certa para o plantio, diminui na colheita, sendo desnecessário o processo de secagem.

Essas lavouras que se concentram em Uruçuí trouxeram grande desenvolvimento da região, que passou de uma pequena cidade no interior do Piauí, ao segundo lugar em arrecadação de impostos do Estado. Mas tanto desenvolvimento trás uma questão importante: a ambiental. Um agricultor que participou das primeiras experiências de introdução de soja em Uruçuí, Altair Fianco, defende que "as reservas legais das propriedades devem ser demarcadas em bloco, unindo as áreas das fazendas", o chamado corredor ecológico.

Fonte: http://g1.globo.com/economia/agronegocios/noticia/2011/05/cerrado-do-piaui-se-transforma-na-nova-fronteira-agricola-do-brasil.html

sexta-feira, 27 de maio de 2011

AVES DO CERRADO RUMO AO SUDESTE???

Sim, aves do cerrado irão para o Sudeste, diz pesquisa. O motivo dessa migração é o aquecimento global que vai fazer com que as aves fujam para o Sudeste em busca de temperaturas com as quais estavam acostumadas. Segundo Miguel Marini, da Universidade de Brasília, o Sudeste é muito ruim para a sobrevivência desses animais, pois eles vão ter que enfrentar quilômetros de plantações e, muitos deles não vão conseguir. Marini, que liderou o estudo diz ainda que haverá desequilíbrios e, talvez uma reorganização completa dos animais. E pode demorar décadas ou séculos para que tudo volte a se estabilizar novamente.
Com base nos modelos do painel do clima da ONU e do IPCC e de dados referentes à distribuição dos animais pelo cerrado, os cientistas então, redesenharam essa distribuição de acordo com as mudanças climáticas esperadas. Com isso, eles descobriram para onde os animais irão para ficar em regiões com temperaturas com as quais estão habituados. Embora o estudo tenha sido feito com aves como o Jacu, as conclusões valem para outras espécies, dizem os seus autores.
Em relação ao cerrado, sabemos que esta região rica em biodiversidade está ameaçada de destruição. E de acordo com José Maria Cardoso, a região onde está o cerrado é muito antiga, e nela está concentrada uma história evolutiva de milhões de anos. E, infelizmente todo esse patrimônio sem preço está sendo perdido de uma maneira muito rápida.
O autor do estudo ressalta que não é só no Brasil que os animais irão fugir dos seus habitats por causa do aquecimento, a conclusão mundial que se tem é que os organismos vão se deslocar para os pólos ou para as montanhas.
Texto baseado em matéria da Folha de São Paulo. Disponível em: http://www.unb.br/noticias/unbagencia/cpmod.php?id=39286

Bom pessoal, se alguém se interessar pelo assunto e quiser aprofundar seus conhecimentos o título do artigo é: Predicted Climate-Driven Bird Distribution Changes and Forecasted Conservation Conflicts in a Neotropical Savanna

quarta-feira, 18 de maio de 2011

O Tamanduá-bandeira

Foto: Theo Allofs

O Tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) é um mamífero de grande porte, que ocorre da América Central à América do Sul, sendo encontrado por todo o Brasil. Possui cauda semelhante a uma bandeira, com pelos longos e volumosos. Sua coloração é marrom escuro com uma listra branca no dorso. Seu comprimento total varia de 182 a 217cm e o seu peso, de 30 a 52kg. Não possui dentes, mas um longo focinho com uma grande língua que se projeta para fora, que juntos aos membros anteriores que possuem três garras longas, permitem que encontre alimentos escavando formigueiros e cupinzeiros. É um animal de hábitos solitários e só é visto aos pares na época de acasalamento ou após a gestação quando a mãe carrega seu filhote no dorso por cerca de 190 dias. Ameaçado de extinção, este animal não pode ser coletado ou capturado em ambiente natural.

Para saber mais:

http://video.globo.com/Videos/Player/Noticias/0,,GIM1427027-7823-GLOBO+NATUREZA+TAMANDUABANDEIRA,00.html

http://www.wwf.org.br/informacoes/especiais/biodiversidade/especie_do_mes/junho_tamandua_bandeira.cfm

http://www.theris.org.br/projetos/tamanduas/tamandua.htm

Vieira, 1949. Xenartros e Marsupiais do Estado de São Paulo. Arquivos de Zoologia 7:325-362.

CABRERA A, J. YEPES. Mamíferos sud-americanos. Vida, costumbres y descripción. 2 ed. Buenos Aires, Comp. Arg. Edit., 1960. 370 p.

Quati - Zoológico de Uberaba

Aproveito a postagem anterior feita pela Monique para divulgar duas fotos da nossa visita ao Zoológico de Uberaba.
Uma delas com a placa contendo informações acerca do animal e a outra do nosso Quati.

Obrigada!

sábado, 14 de maio de 2011

Conhecendo o Quati




O quati ( Nasua nasua) é um animal que pertence ao Filo Chordata, à Classe Mamalia, à Ordem Carnívora e à Família Procyonidae (Gray,1825). Esses animais possuem porte médio, pernas curtas e pelagem densa.São plantígrados (andam sobre as plantas dos pés), possuem cinco dedos em cada um dos seus membros,e, como as suas mãos são móveis possuem habilidade para cavar e são ótimos escaladores. São animais de hábitos diurnos, terrestres e arborícolas. Utilizam suas mãos para revirar tocos, pedras e explorar buracos à procura de pequenos invertebrados que compõem sua dieta onívora. As garras proporcionam segurança na escalada de árvores e seu focinho longo e flexível permite explorar ocos de árvores, ninhos de aves e tocas, e por meio do olfato, encontrar pequenos vertebrados. Os frutos também são abundantes em sua dieta e são capturados em seus deslocamentos sobre as árvores. Os quatis utilizam as árvores para nidificarem (construir ninhos),repousarem durante a noite e se refugiarem. A época reprodutiva dos quatis acompanha o período de maior abundância de alimentos e sua gestação, dura por volta de 70/80 dias. Nascem entre dois e sete filhotes por gestação, com peso médio de 140g e que abrem os olhos por volta do 11° dia de vida; e com cinco semanas de vida abandonam o ninho e acompanham a mãe em curtas caminhadas. As fêmeas de quatis são matriarcais e vivem com seus filhotes em bandos de até 30 indivíduos; já os machos, quando se tornam adultos, ficam isolados e só se aproximam do grupo na época do acasalamento(Beisiegel,2001;Teixeira e Ambrósio,2007).

Para saber mais acesse:

segunda-feira, 2 de maio de 2011

A importância dos morcegos para o meio ambiente e para o homem

Por Kleber Pinto Antunes de Oliveira, 2008, adaptado.

Segundo o biólogo mastozoólogo Kleber Oliveira, os morcegos não são apenas a segunda maior ordem de mamíferos, são também importantes quando falamos em meio ambiente.
Algumas curiosidades serão listadas abaixo.
- Das cerca de 1200 espécies de morcego, 70% são insetívoras, e apenas três são hematófagas;
- Como a maioria é insetívora, eles podem também agir no controle biológico natural de lavouras, reduzindo assim o uso de defensivos agrícolas;
- Esse fator ainda ajuda na polinização de plantas, algumas inclusive são polinizadas apenas por morcegos. Com isso acabam também responsáveis por ampliação em áreas florestadas, colaborando na regeneração de ambientes florestais;
- Uma das espécies hematófagas, a Desmodus rotundus, produz em sua saliva uma substância que tem sido muito usada na fabricação de remédios e na cura de problemas cardiovasculares;
- Assim como os golfinhos, são muito úteis em pesquisas de radares e sonores;
- Sua presença em certas cadeias alimentares é fundamental, em algumas cavernas, é devido à presença deles que outras espécies podem existir, alimentando-se dos restos alimentares do morcego e até de suas fezes;
- Algumas espécies são muito sensíveis às mudanças ambientais, e funcionam como bioindicadores;
Os morcegos possuem muitas outras funções ecológicas e muito há de se descobrir sobre eles ainda.
Para mais informações, acessem os sites:
(de onde parte do artigo foi retirado)