sábado, 19 de novembro de 2011

Convite, 21 de novembro




Olá blogueiros de plantão,

Para quem acompanha nosso Blog de EDP4 vai aí uma sugestão para dia 21 de novembro, segunda feira as 8 da manhã.
Nossa turma de ciências biológicas vai estar no Bosque Jacarandá que está situado na Rua João Luiz Alvarenga, 546 – Vila Olímpica, Uberaba - MG.
Neste dia além de uma turma do ensino fundamental, estaremos fazendo uma visita monitarada com os "curiosos" que estiverem por ali, mostrando e tirando dúvidas de todos os animais presentes no bosque, além disso o bosque está decorado com um varal de fotos com taxons vegetais e animais do Cerrado, principalemente fotos daqueles que não estão presentes lá.
O objetivo do trabalho é a divulgação do nosso Livreto sobre o Cerrado.

Contamos com a presença de todos vocês.

Obs: A entrada no bosque é GRATUITA.

terça-feira, 15 de novembro de 2011

Entre a beleza e o temor


Foto: Detalhe do rostro de uma Suçuarana ( Puma concolor)

A foto mostra o detalhe do rostro de uma suçuarana ou pode ser chamada também de Jaguaruna, Onça-vermelha, Leão-baio, Puma, Leão-da-montanha, Cougar, Onça parda, mas seu nome científico é Puma concolor. É um felino muito temino o 2º maior do Brasil ficando atras apenas da onça pintada. É a melhor saltadora entre os felinos e uma caçadora noturna e solitária, que percorre grandes distâncias, ao contrário dos outros grandes felinos, não ruge e sim mia ou ronrona como um gato.Tem a cabeça arredondada e pequena, o corpo esbelto, pescoço grosso, olhos claros e grandes, focinho rosado e vasta bigodeira. Nas patas da frente, cinco dedos; nas de trás, somente quatro. A pelagem é em geral bege-rosado, pode ser cinza, marrom ou cor-de-ferrugem. O tamanho dos pêlos varia com conforme a região onde são encontrados. Apesar da beleza e sua fonte primária de alimentação ser os cervos, o carneiro, o gado domestico o cavalo e a ovelha, não é interessante ficar cara a cara com um desses felinos, não é mesmo?



quinta-feira, 3 de novembro de 2011

Escrever sobre o Brycon orbignyanus não foi uma tarefa fácil, pois os artigos abordam principalmente sobre sua reprodução, e não de sua história natural. Mas com a pesquisa, conseguimos destacar algumas características interessantes sobre sua história natural. O Piracanjuba são peixes de médio porte com escamas de corpo fusiforme e comprimido. Eles possuem comportamento gregário entre os indivíduos – forma de se protegerem contra predadores-. Um fato importante de se saber é que esse animal está em extenção como consequência de múltiplos impactos antropogênicos, como hidrológicas alterações, poluição, perda de habitat, a sobrepesca e introdução de espécies não nativas.

Aprendizado

Perguntas como: O que é Bioma? Em qual bioma você vive? Qual a importância de preservá-lo? são perguntas simples, mas que muita gente provavelmente não sabe responder. E muitos de nós não saberíamos antes de realizar esse trabalho.
Conhecer a dimensão da riqueza do ambiente que nos cerca, bem como a necessidade de preservá-lo, foi algo que nos chamou bastante a atenção em EDP IV.
O Cerrado brasileiro apresenta uma diversidade enorme, no que se refere à fauna e flora. Descobrimos ao decorrer do trabalho a imensidão de utilidades encontradas em apenas uma única planta, como a árvore do pequi, por exemplo. E, ainda assim, sendo ameaçada em nome dos avanços da agropecuária. Estranho?! Sim, mas é fato.
Além da utilidade das plantas para o homem, elas estão em constante interação com toda a natureza, fazendo parte de um ciclo de manutenção da vida, que pode ser desequilibrado caso seja extinta. Com os animais não é diferente.
Diante de tudo o que aprendemos ao decorrer desse semestre, podemos dizer que essa experiência incitou em nós uma importante questão: Preservação! É importante ter consciência que destruindo a natureza estamos destruindo a vida humana. Ame a natureza como você ama a sua vida. Quem ama, preserva.


Chegando ao fim...

Escrever parte do livreto não foi tarefa fácil. Envolveu vários dias de pesquisas, busca por informações claras, adequadas e relevantes, diversas apresentações, revisões e correções dos textos. A falta de informações sobre alguns táxons e a pouca experiência com pesquisas de valor científico foram aspectos que dificultaram o processo de elaboração do material. Porém, é gratificante ver que todo o esforço para escrever bons textos deu resultado. A realização dessa atividade nos permitiu treinar a escrita, aperfeiçoando-a e contribuiu para nosso maior conhecimento sobre o Cerrado e sua importância e sobre como elaborar um material didático. Chegando ao fim dessa experiência, o grande desafio agora é conseguir fazer uma boa apresentação do livreto, esperando que ele contribua de forma a divulgar o bioma Cerrado, atentando para sua relevância e conservação.

Beija-flor de gravata verde (Augastes scutatus)


Aposto que quase ninguém viu esse bicho livre ou talvez seria ninguém já viu esse beija-flor na natureza. Bicho bonito e pequeno, mas só ocorre na região da Serra do Espinhaço em MG e dificilmente encontrado abaixo de 800~1000 metros de altitude, por isso poucas pessoas se dedicam a estudar este beija-flor, assim como outros animais de nossa fauna.

quarta-feira, 2 de novembro de 2011

Curiosidades sobre o Tamanduá bandeira

Os tamanduás são animais sem dentes, garras dianteiras grandes e afiadas que favorecem a busca e apreensão de alimentos, possibilitando abrir formigueiros e cupinzeiros, focinho alongado, saliva pegajosa e língua com até 60 cm de comprimento, podendo colocá-la para fora da cavidade bucal até 160 vezes por minuto. Cada indivíduo adulto pode consumir até 35.000 formigas e/ou cupins por dia. Apresenta uma cauda longa, cheia de pelos, que contribui para que o animal fique ereto sob os membros posteriores².
Os tamanduás têm um comportamento solitário, as fêmeas paridas carregam os seus filhotes no dorso por 6 a 9 meses, demonstrando um intenso cuidado parental desta espécie². Apresenta baixa temperatura corporal, que deve estar associada a uma alimentação de baixo valor calórico baseada em formigas e cupins. Apresenta um olfato apurado, o que compensa a pouca visão e audição desta espécie².

Eles tem baixo potencial reprodutivo. O tamanduá está incluído na lista da fauna brasileira ameaçada de extinção do Ministério do Meio Ambiente (IBAMA 2003) como espécie vulnerável em todos os biomas brasileiros.

Em Abril de 2011, o tamanduá-bandeira encontra-se no apêndice II da CITES (Convenção Sobre Comércio Internacional de Espécies Ameaçadas da Fauna Selvagem e Flora), ou seja, estão prestes a se tornarem extintas.Aproveito a oportunidade para dizer que achei muito interessante e importante o site da CITES e do Ibama para coleta de informações sobre a extinção dos animais.


Fontes pesquisadas



1. BRAGA, F.G. Tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla ), espécie criticamente em perigo : uma preocupação no Estado do Paraná. Acta Biol. Par. Curitiba, 33 (1, 2, 3, 4): 193-194, 2003.

2. MENDONÇA, M.A.C. Análise descritiva do perfil espermático do tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla Linnaeus, 1758) de cativeiro. Dissertação (Mestrado) - Universidade de São Paulo. Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia. Departamento de Reprodução Animal, São Paulo, 2010.

3. BRAGA, F.G. Ecologia e comportamento de tamanduá-bandeira Myrmecophaga tridactyla Linnaeus, 1758 no município de Jaguariaíva, Paraná. Tese de Doutorado. Universidade Federal do Paraná, setor de Ciências Agrárias. Curitiba, 2010.

4. MARTINS, J.R.; MEDRI, I.M.; OLIVEIRA, C.M.; GUGLIELMONE, A. Ocorrência de carrapatos em tamanduá-bandeira (Myrmecophaga tridactyla) e tamanduámirim (Tamandua tetradactyla) na região do Pantanal Sul Mato-Grossense, Brasil. Ciência Rural. Santa Maria, v.34, n.1, p.293-295, jan-fev, 2004.

5. IBAMA – INSTITUTO BRASILEIRO DO MEIO AMBIENTE E DOS RECURSOS RENOVÁVEIS. Ministério do Meio Ambiente. Nova lista da fauna brasileira ameaçada de extinção. 2003. Disponível em http://www.mma.gov.br/port/sbf/fauna/index.cfm. Acesso em 12 out.2011.

Reflexão sobre a construção do livreto

O processo de construção do livreto tem sido de grande valor para minha vida acadêmica. A cada dia que passa aprendemos coisas novas, que antes não faziam parte de nosso contexto. Dificuldades, sim é logico que aparecem, mas logo logo conseguimos superar. Pois isso ocorre em todo o processo de construção do conhecimento, de coisas novas, que ainda não somos ou estamos familiarizados. E os erros nos servem de lição, aprendemos muito com eles. A disciplina de EDP IV é de suma importância para o curriculo, "de nós: futuros biólogos", pois nos instiga a buscar, a construir o nosso próprio conhecimento.

Abraços a todos!

Tenham uma ótima semana.

Algumas considerações sobre a Rã Pimenta (Leptodactylus labyrinthicus)


Rã-Pimenta. Disponível em: http://ipt.olhares.com/data/big/324/3243368.jpg

Durante os últimos meses de trabalho em EDP IV tivemos a oportunidade de realizar buscas em artigos, geralmente indexados, para elaboração de textos voltados a divulgação da fauna e flora do Cerrado. Durante o mês de outubro nossos esforços focaram-se em pesquisas relacionadas a fauna local (tendo em vista que foram vistos em meses anteriores a flora e os aspectos ecológicos do bioma). Essa aproximação do grupo com determinado táxon possibilita uma visão diferenciada desse organismo em estudo, pois além de serem enfatizadas para o livreto características gerais da espécie, também são abordadas questões relacionadas a sua biologia e ecologia, sua distribuição geográfica e aspectos de sua conservação. Essa perspectiva de trabalho contribui também com nossa formação, devido a utilização de buscas em artigos e o incentivo para iniciar a leitura de textos em inglês, idioma no qual toda a ciência é divulgada.
O táxon escolhido para realização desse trabalho foi o Leptodactylus labyrinthicus, popularmente conhecido no Brasil como Rã Pimenta, um animal de grande porte que pode ser encontrado também em países como a Bolívia, Uruguai e Argentina. Uma característica interessante desses organismos está relacionada ao desenvolvimento dos seus girinos, que inicia-se em um ninho de espuma deixado por seus parentais durante o amplexo (acasalamento). A fêmea adulta deposita ovos tróficos, que não se desenvolverão, para garantir a alimentação dos girinos enquanto permanecerem no ninho. Apesar desse desenvolvimento inicial, eles precisam ser conduzidos a corpos d'água, com o auxilio das chuvas, para completarem seu desenvolvimento.
Outro chamativo encontrado nessa espécie é seu comportamento territorialista, ele apresenta características morfológicas que o auxiliam como armas de combate nas disputas com outros machos. Esse comportamento pode ser observado em um vídeo postado recentemente no “youtube” pelo pesquisador Ariovaldo A. Giaretta, onde este simula com a mão um macho e sua vocalização no território de outro, evidenciando os movimentos feitos por um macho dessa espécie durante seu ataque (o vídeo pode ser visto em: http://www.youtube.com/watch?v=3eAsRgeOX7E).
Com isso, notamos a importância de um trabalho como o proposto, pois ele nos demonstra a beleza e as peculiaridades existentes nos diferentes modos de vida das espécies com as quais trabalhamos, essas considerações enfatizam apenas uma espécie, com a qual tive contato mais próximo, porém é certo que todas as outras trouxeram grandes contribuições a quem trabalhou com elas.

Por Rafael Lima Martins

terça-feira, 1 de novembro de 2011

Próximo passo.

O Estudo e Desenvolvimento de Projetos vêm para nos mostrar à eficácia da pesquisa, da escrita e do aprendizado sobre algo que se é feito com o próprio esforço. Quando vivenciamos a experiência prática o aprendizado adquire valores diferentes de quando apenas lemos ou ouvimos. Digo isto, pelo fato de ser notório o desempenho que precisamos ter ao redigir um texto ou criar um artefato para se dar uma “aula diferente”. Sob este prisma, não se tem meras conjecturas, mas relatos de experiências vividas por alunos da disciplina. Então, o desafio agora é: preparar uma aula diferenciada para um determinado público alvo.

Depois de uma longa jornada pelo cerrado brasileiro à procura dos bichos e das plantas que o caracterizasse, chegou o grande momento de revelar nossas buscas e compartilhar nossos aprendizados. Agora nosso objetivo é preparar uma aula inusitada, que acima de tudo saia da regra, extrapole o que é normal. Tarefa difícil? Pode ser para quem está acostumado a ser tão metódico e careta, e prefere seguir moldes pré-estabelecidos ao invés de ousar.

Meu grupo depois de tanto pensar e repensar sobre essa temática, resolveu ousar. Fizemos um projeto de uma atividade diferenciada que consiste em criar um mini-museu dentro da sala de aula. Buscamos alternativas nos quatro cantos dessa cidade e para quem pensa que as portas para a biologia, estão fechadas, se enganou. Em cada lugar que fomos: a FAZU, a Polícia Militar e o Zoológico da cidade; fomos muito bem recebidos e todos se mostraram muito prestativos em nos ajudar. Com isso percebemos que basta querer para conseguirmos.

Dessa forma conseguimos alguns exemplares dos bichos do cerrado, taxidermizados. Assim, poderemos ministrar uma aula para os alunos do 5 ano da Escola Estadual América de forma lúdica e diferenciada.

Imagem, fonte: http://www.orquidariocuiaba.com.br

Aulas no Campo

               Os professores Camila, Maria e Wagner, do curso de Ciências Biológicas da UFTM, nos proporcionou um momento único nas nossas vidas na condição de discentes: uma aula prática de campo, onde foi possível extrapolar as barreiras do conhecimento teórico.
               Diante das atividades propostas, a que mais me fascinou foi a aula que tivemos sobre Anuros, um grupo que possui como representantes os populares sapos, rãs e pererecas.
Esta prática foi aplicada pelo professor-convidado Luciano, que gentilmente ressaltou várias informações, em campo, das muitas que já havíamos recebido pelo professor Wagner nas nossas aulas de Diversidade de Vertebrados, em sala de aula.
               A vocalização destes animais nos permite identificá-los quanto a espécie, pois cada uma vocaliza de forma diferente. Porém, para isso torna-se necessário dedicar-se à biologia do grupo, uma vez que são muitas as espécies pertencentes a esse táxon. Vale ressaltar que a vocalização está associada ao comportamento reprodutivo dos Anuros; acredita-se que as fêmeas tornam-se sensibilizadas, no período em que seus ovos estão prontos para serem postos, e respondem ao canto de chamamento dos machos de mesma espécie. Desta forma, a resposta da fêmea é um mecanismo para o reconhecimento da própria espécie.
               Foi possível observar o macho e a fêmea amplexando (o macho abraçando a fêmea durante o acasalamento).  O amplexo pode ser mantido por várias horas, ou mesmo dias, antes que a fêmea desove.
               Diante de toda a experiência vivida no campo, pudemos fazer associações com a teoria abordada em sala de aula, e concluir que quão prazeroso se torna o ensino quando ele sai da imaginação e torna-se parte de sua vivência.

Imagem: Anuro sobre uma folha. Fonte: Arquivo pessoal.

POUGH, F.H. A vida dos vertebrados. São Paulo: Atheneu Editora, 2003.