Os professores Camila, Maria e Wagner, do curso de Ciências Biológicas da UFTM, nos proporcionou um momento único nas nossas vidas na condição de discentes: uma aula prática de campo, onde foi possível extrapolar as barreiras do conhecimento teórico.
Diante das atividades propostas, a que mais me fascinou foi a aula que tivemos sobre Anuros, um grupo que possui como representantes os populares sapos, rãs e pererecas.
Esta prática foi aplicada pelo professor-convidado Luciano, que gentilmente ressaltou várias informações, em campo, das muitas que já havíamos recebido pelo professor Wagner nas nossas aulas de Diversidade de Vertebrados, em sala de aula.
A vocalização destes animais nos permite identificá-los quanto a espécie, pois cada uma vocaliza de forma diferente. Porém, para isso torna-se necessário dedicar-se à biologia do grupo, uma vez que são muitas as espécies pertencentes a esse táxon. Vale ressaltar que a vocalização está associada ao comportamento reprodutivo dos Anuros; acredita-se que as fêmeas tornam-se sensibilizadas, no período em que seus ovos estão prontos para serem postos, e respondem ao canto de chamamento dos machos de mesma espécie. Desta forma, a resposta da fêmea é um mecanismo para o reconhecimento da própria espécie.
Foi possível observar o macho e a fêmea amplexando (o macho abraçando a fêmea durante o acasalamento). O amplexo pode ser mantido por várias horas, ou mesmo dias, antes que a fêmea desove.
Diante de toda a experiência vivida no campo, pudemos fazer associações com a teoria abordada em sala de aula, e concluir que quão prazeroso se torna o ensino quando ele sai da imaginação e torna-se parte de sua vivência.
Imagem: Anuro sobre uma folha. Fonte: Arquivo pessoal.
POUGH, F.H. A vida dos vertebrados. São Paulo: Atheneu Editora, 2003.
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