Buriti (Mauritia
flexuosa) L.1
Distribuição geográfica e habitat: Encontra-se amplamente distribuída na
América do Sul, especialmente na região amazônica da Colômbia, Venezuela,
Guianas, Trinidad e Tobago, Equador, Peru, Bolívia e Brasil nos seguintes
Estados: AM, BA, DF, MG, GO, CE, MA, MS, MT, PA, PI, SP e TO3,4,5,6.
Habita terrenos baixos alagáveis, às margens de rios, formando os
característicos miritizais ou
buritizais7.
Características da planta: Pertence à família Arecaceae e além de
ser conhecida popularmente como buriti, a espécie Mauritia flexuosa L.
recebe também o nome de miriti, carandá-guaçú, carandaí-guaçú, muriti,
palmeira-buriti, palmeira-dos-brejos, e outros dependendo da região8.
Possui crescimento lento, levando muitos anos para atingir a maturidade
reprodutiva8.
A altura do buriti varia de 2,8 a 35 m
e seu caule é liso e mede de 23 a 50 cm de diâmetro7. Possui cerca
de 14 folhas por indivíduo com aproximadamente 3,5 de comprimento8,
em forma de leque e com coloração verde-escura 9. O fruto é
recoberto por escamas castanho-avermelhadas quando maduro, e possui polpa
carnosa alaranjada e oleaginosa9. A inflorescência é interfoliar, ramificada, volumosa e possui coloração amarela8.
Sua floração ocorre no ano inteiro e a frutificação entre junho e outubro10.
Utilização: A polpa de seus frutos é usada na culinária (bombons, sorvetes,
picolés, licores), e o óleo da polpa também é comestível e empregado na
medicina popular11 e na fabricação de sabão caseiro10. As
folhas servem de cobertura para telhados, e confecção de vassouras10.
As fibras das folhas são utilizadas no artesanato11. A seiva
extraída do caule é utilizada na fabricação de vinho10. A raiz
possui propriedades antireumáticas10. A madeira serve para a
construção de móveis10. Além de todos esses usos o buriti é
ornamental, podendo ser cultivado no paisagismo11.
Conservação: Não está ameaçada de extinção12.
Referências:
1STORTI, E. F.; Biologia
floral de Mauritia flexuosa Lin. Fil, na região de Manaus, AM, Brasil.
Acta Amazônica 23(4): 371-381. 1993.
2Disponível em: http://www.pirenopolis.tur.br/meioambiente/herbariodigital/Palmae/Mauritia/flexuosa <Acesso em 22 de
Agosto de 2012>
3REITZ, P. R.
Palmeiras. In: FLORA Ilustrada Catarinense. Itajaí, SC: Herbário Barbosa
Rodrigues, 1974.
4HENDERSON, A.; GALEANO, G.; BERNAL, R. Field
guide to the palms of America. New York Botanical Garden, 1995.
5HENDERSON, A.; BECK,
H. T.; SCARIOT, A. Flora de Palmeiras de Marajó, Pará, Brasil. Boletim
do Museu Paraense Emilio Goeldi . Botânica, Belém, PA, v. 7, p. 199-221,
1991.
6LORENZI, H.; SOUZA,
H. M. de; CERQUEIRA, L. S. C.; MEDEIROS-COSTA, J. T.; FERREIRA, E. Palmeiras
brasileiras e exóticas cultivadas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum,
2004. 416 p. il.
7FERREIRA, M. Mauritia
flexuosa. Revista EMBRAPA, Porto Velho, RO, agosto, 2005. Disponível em:
http://www.cpafro.embrapa.br/media/arquivos/publicacoes/folder_buriti.pdf
acesso em: 16 de agosto de 2012.
8VIEIRA, R. F. et al. Frutas
nativas da região centro-oeste do Brasil. Embrapa Recursos Genéticos e
Biotecnologia Brasília, DF 2006. 320p.
9Funch,
L.S.; Harley, R.M.; Funch, R.; Giulietti, A.M. & Melo, E. 2004. Plantas
úteis da Chapada Diamantina. São Carlos, Rima.
10
SILVA, S.R.; SILVA, A.P.; MUNHOZ, C.B.R.; SILVA JÚNIOR, M.C. & MEDEIROS,
M.B. Guia de Plantas do Cerrado Utilizadas na Chapada dos Veadeiros.
Brasília: Prática Gráfica e Editora LTDA. 2001b.
11POTT,
V.J.; POTT, A. Buriti - Mauritia flexuosa. Fauna e Flora do
Cerrado, Campo Grande,outubro 2004. Disponível em: http://www.cnpgc.embrapa.br/~rodiney/series/buriti/buriti.htm
<Acesso em 25 de Junho de 2012>
12Disponível
em: http://www.mma.gov.br/estruturas/ascom_boletins/_arquivos/83_19092008034949.pdf <Acesso em 2 de Outubro de 2012>
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