segunda-feira, 15 de outubro de 2012


Buriti (Mauritia flexuosa) L.1
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Distribuição geográfica e habitat: Encontra-se amplamente distribuída na América do Sul, especialmente na região amazônica da Colômbia, Venezuela, Guianas, Trinidad e Tobago, Equador, Peru, Bolívia e Brasil nos seguintes Estados: AM, BA, DF, MG, GO, CE, MA, MS, MT, PA, PI, SP e TO3,4,5,6. Habita terrenos baixos alagáveis, às margens de rios, formando os característicos miritizais ou buritizais7.

Características da planta: Pertence à família Arecaceae e além de ser conhecida popularmente como buriti, a espécie Mauritia flexuosa L. recebe também o nome de miriti, carandá-guaçú, carandaí-guaçú, muriti, palmeira-buriti, palmeira-dos-brejos, e outros dependendo da região8. Possui crescimento lento, levando muitos anos para atingir a maturidade reprodutiva8.
A altura do buriti varia de 2,8 a 35 m e seu caule é liso e mede de 23 a 50 cm de diâmetro7. Possui cerca de 14 folhas por indivíduo com aproximadamente 3,5 de comprimento8, em forma de leque e com coloração verde-escura 9. O fruto é recoberto por escamas castanho-avermelhadas quando maduro, e possui polpa carnosa alaranjada e oleaginosa9. A inflorescência é interfoliar, ramificada, volumosa e possui coloração amarela8. Sua floração ocorre no ano inteiro e a frutificação entre junho e outubro10.

Utilização: A polpa de seus frutos é usada na culinária (bombons, sorvetes, picolés, licores), e o óleo da polpa também é comestível e empregado na medicina popular11 e na fabricação de sabão caseiro10. As folhas servem de cobertura para telhados, e confecção de vassouras10. As fibras das folhas são utilizadas no artesanato11. A seiva extraída do caule é utilizada na fabricação de vinho10. A raiz possui propriedades antireumáticas10. A madeira serve para a construção de móveis10. Além de todos esses usos o buriti é ornamental, podendo ser cultivado no paisagismo11.

Conservação: Não está ameaçada de extinção12.

Referências:
1STORTI, E. F.; Biologia floral de Mauritia flexuosa Lin. Fil, na região de Manaus, AM, Brasil. Acta Amazônica 23(4): 371-381. 1993.
3REITZ, P. R. Palmeiras. In: FLORA Ilustrada Catarinense. Itajaí, SC: Herbário Barbosa Rodrigues, 1974.
4HENDERSON, A.; GALEANO, G.; BERNAL, R. Field guide to the palms of America. New York Botanical Garden, 1995.
5HENDERSON, A.; BECK, H. T.; SCARIOT, A. Flora de Palmeiras de Marajó, Pará, Brasil. Boletim do Museu Paraense Emilio Goeldi . Botânica, Belém, PA, v. 7, p. 199-221, 1991.
6LORENZI, H.; SOUZA, H. M. de; CERQUEIRA, L. S. C.; MEDEIROS-COSTA, J. T.; FERREIRA, E. Palmeiras brasileiras e exóticas cultivadas. Nova Odessa, SP: Instituto Plantarum, 2004. 416 p. il.
7FERREIRA, M. Mauritia flexuosa. Revista EMBRAPA, Porto Velho, RO, agosto, 2005. Disponível em: http://www.cpafro.embrapa.br/media/arquivos/publicacoes/folder_buriti.pdf acesso em: 16 de agosto de 2012.
8VIEIRA, R. F. et al. Frutas nativas da região centro-oeste do Brasil. Embrapa Recursos Genéticos e Biotecnologia Brasília, DF 2006. 320p.
9Funch, L.S.; Harley, R.M.; Funch, R.; Giulietti, A.M. & Melo, E. 2004. Plantas úteis da Chapada Diamantina. São Carlos, Rima. 
10 SILVA, S.R.; SILVA, A.P.; MUNHOZ, C.B.R.; SILVA JÚNIOR, M.C. & MEDEIROS, M.B. Guia de Plantas do Cerrado Utilizadas na Chapada dos Veadeiros. Brasília: Prática Gráfica e Editora LTDA. 2001b.
11POTT, V.J.; POTT, A. Buriti - Mauritia flexuosa. Fauna e Flora do Cerrado, Campo Grande,outubro 2004. Disponível em: http://www.cnpgc.embrapa.br/~rodiney/series/buriti/buriti.htm <Acesso em 25 de Junho de 2012>

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