terça-feira, 17 de abril de 2012

2ª Etapa: esboços da fauna do Cerrado.

Olá, Pessoal!

Nessa última semana, iniciamos a construção das características da fauna do Cerrado Brasileiro. Cada grupo da turma trabalhará com alguns táxons, como uma maneira de tentar mostrar um pouquinho, mas um pouquinho mesmo, da imensa diversidade presente.
E pra iniciar, vamos comentar sobre um representante dos quelônios, o Geochelone denticulata, mais conhecido como jabuti-tinga. Esse grupo, os quelônios, surgiram há cerca de 200 milhões de anos. Compreendem os cágados, jabutis e tartarugas. Estão classificados na classe Reptelia, pertencem à família Testudinidae, a segunda maior família da ordem Testudines em número de espécies.
Se distribuem do leste dos Andes até o leste do Panamá. Ao sul, abrange a região Amazônica, Zona da Mata Nordestina, Cerrado Brasileiro, Pantanal Mato-grossense e Mata Atlântica. São animais maiores, pesando até 30 kilos e apresentam escamas amarelas. Apresentam hábitos terrícolas, são onívoros, ou seja, alimentam-se de proteína animal (pequenos vertebrados, minhocas, insetos, carnes) e fibras vegetais (verduras, hortaliças e frutas) (BORGES, 2003). Utilizam o olfato e a visão para localizar o alimento, bebem muita água e, sempre que possível, fresca, de córregos.
Na natureza, a predação ocorre mais por raposa, teiús, cachorro e ratos. Em cativeiro, tem que ter a proteção de tela para não entrar ratos, cachorros, entre outros animais.
Eles só estão aptos a reproduzir a partir dos seis anos de idade. Eles reproduzem com facilidade e o acasalamento ocorre na primavera. Uma curiosidade é que quando os machos estão encaixados sobre as fêmeas, costumam caminhar nessa posição, e, tendem a pôr o pênis em contato com o solo. Se esse solo for abrasivo, pode resultar em graves feridas na genitália do animal. E mais: durante este processo o macho normalmente vocaliza, emitindo sons característicos.
Durante a desova, os jabutis podem encontrar dificuldades em cavar o buraco, devido ao fato da firmeza da terra. Assim, as fêmeas urinam para molhar e facilitar a cavação. Geralmente, o odor da urina atrai o macho, e ele tenta, devido ao estímulo, cruzar. Por isso que durante esse processo, os machos ficam em outros lugares para não perturbar as fêmeas. O local da desova não deve ser alagado, pois os ovos podem apodrecer. No momento da postura, procuram fazer ninhos embaixo de plantas, folhas, capins para camuflar. Essa espécie costuma por cerca de 10 a 15 ovos por vez. Os ovos devem ficar cobertos com cinco cm de terra (arenosa) e nunca deixar o ninho totalmente exposto aos raios solares. Entretanto, na época da eclosão é necessária certa irrigação, para facilitar a saída dos filhotes.
Por enquanto é só... nas próximas semanas traremos mais algumas informações de outros animais do Cerrado. O espaço está aberto, caso queiram acrescentar, compartilhar ou corrigir algo.
Boa semana!



Referências bibliográficas:

BORGES, A. Dicas de como alimentar seu jabuti. Ano 2003. Disponível em: . Acessado em 12.04.2012

MALVASIO,A. ,SOUZA, A.M., MOLINA, F.B., SAMPAIO, F. A. Comportamento e preferência alimentar em Podocnemis expansa (Schweigger), P. unifilis(Troschel) e P. sextuberculata (Cornalia) em cativeiro (Testudines, Pelomedusidae). Curitiba: Revista Brasileira Zooogia. V. 20, n°1. Março, 2003.


Grupo: Fernanda Velasco, Jéssica Ferreira e Thamires Manfrim.

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